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Chile recusa ampliação de pena de extradição contra Fujimori

A Suprema Corte do Chile negou nesta quarta-feira (13) o pedido do governo peruano de ampliar as acusações pelas quais foi o ex-presidente Alberto Fujimori foi extraditado para o Peru.

Um caso de desvio de verbas pelo qual o Peru solicitava a autorização do Chile "que não permite pena corporal, e não permite ultrapassar a primeira etapa da extradição", afirmaram os juízes chilenos em comunicado.

A Corte Suprema de Justiça peruana confirmou na última terça-feira a pena de seis anos de prisão imposta ao ex-presidente Alberto Fujimori pela compra irregular de meios de comunicação, propina a parlamentares e espionagem telefônica.

A Justiça peruana ignora assim os recursos interpostos tanto pela defesa de Fujimori como pela promotoria e pela acusação civil – estes dois últimos pediam uma pena maior, de oito anos de prisão.

O tribunal também fixou o montante da reparação civil que o ex-governante deverá pagar ao Estado, que chega a pouco mais de 24 milhões de sóis (R$ 13,8 milhões), enquanto a soma que deverá pagar aos 28 litigantes ofendidos será de 3 milhões de sóis (R$ 1,7 milhão) no total, a serem distribuídos de forma proporcional.

Na resolução, o tribunal indica que os fatos dos quais Fujimori é acusado estão "suficientemente credenciados" e são "incontestáveis".

A pena de prisão, segundo a ratificação da Corte Suprema, expira no dia 10 de fevereiro de 2013. No entanto, Fujimori não sairá da prisão nesse momento, já que também cumpre uma pena de 25 anos de prisão por crimes contra os direitos humanos.

Além desses dois processos, o ex-presidente, extraditado do Chile em 2007, também foi considerado culpado em outros dois julgamentos – a seis anos de prisão por invasão de domicílio e a sete anos e seis meses por pagar ilegalmente US$ 15 milhões a seu ex-assessor Vladimiro Montesinos.

Da Redação, com informações de agências