Governador adia de novo reunião com professores

O governador Cid Gomes, mais uma vez protelou encontro com os professores da rede estadual de ensino e com a direção do Sindicato APEOC. Cid Gomes está em viagem oficial e os professores foram recebidos pelo governador em exercício, Domingos Filho.

O governador contrariou o seu próprio compromisso, quando afirmou em 29 de junho, que, em 15 de julho, anunciaria sua posição sobre a implantação do piso nacional de salário da Educação Básica e readequação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários do Magistério. Matérias fundamentais à luta dos professores, entre outras reivindicações encaminhadas pelo Sindicato APEOC.

O presidente do Sindicato APEOC, professor Anízio Melo, e representantes dos professores do interior foram recebidos pelo governador em exercício, Domingos Filho. O vice-governador informou os sindicalistas que nesta segunda-feira, dia 18, o Chefe do Executivo se reunirá com as secretarias da Fazenda, Planejamento e Educação, e marcará nova data de audiência na próxima semana com o Sindicato para apresentação, pelo governador Cid Gomes, da proposta do governo.

Para o professor Anízio Melo a situação está nas mãos do governador Cid Gomes. “Esperamos que sua proposta venha atender o que necessita a educação e o ensino de nosso Estado a partir de uma reflexão real em que se encontra o Ceará com o 5º pior salário de professor do país”, considera.

Vigília e mobilização

Enquanto os representantes da categoria eram recebidos pelo governador em exercício, professores da rede estadual de ensino realizaram vigília e mobilização no Palácio da Abolição para cobrar urgentes reivindicações pautadas pelo Sindicato, como a readequação do Plano de Carreiras e Salários da categoria, em observância à lei do piso nacional do magistério.

De acordo com o Anízio Melo, a expectativa é que o Ceará saia da lista dos piores salários do Brasil. “Achamos que o investimento em estrutura física tem de estar ao lado do investimento em pessoal, que ainda não está no mesmo nível”, afirmou. Para ele, o Governo tem condições de melhorar a situação dos professores, considerando a elevação crescente da Receita do Estado, como o próprio Governo vem anunciando. “Estamos em estado de greve, dispostos ao processo de negociação. A regularidade (das aulas) do segundo semestre depende do governador”, afirma o presidente da entidade.

Fonte: Sindicato APEOC