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G8 em Gênova: mundo lembra morte de manifestante há 10 anos

Dez anos atrás, milhares de pessoas tomaram as ruas de Gênova, na Itália, para protestar contra a reunião do G8 (grupo dos sete países mais ricos do mundo Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá mais a Rússia). A repressão violenta à manifestação causou a morte do italiano Carlo Giuliani, de 23 anos, alvejado e atropelado pela polícia italiana. No último sábado (16), mil manifestantes fizeram em Berlim um ato em memória pelos 10 anos dos protestos.

Em 2001, os protestos aconteceram de 19 a 22 de julho e a cidade foi equipada com 2.700 policiais. De acordo com os manifestantes, cerca de 200 mil pessoas participaram dos protestos. No ato de dia 20 de julho de 2001, os enfrentamentos deixaram mais do que presos ou feridos: na Piazza Alimonda, o italiano Carlo Giuliani, de 23 anos, foi alvejado e atropelado pela polícia italiana.

Uma enfermeira que estava no local tentou reanimar o manifestante com massagem cardíaca, mas não houve tempo. Giuliani morreu antes mesmo de chegar ao hospital.

O assassinato recebeu inúmeras críticas da comunidade internacional. No entanto, todas as acusações contra o autor dos disparos, o policial Mario Placanica, foram retiradas quando a juíza que presidia o caso, Elena Daloiso, chegou à conclusão de que a bala que atingiu o jovem não estava diretamente direcionada para ele.

Placanica não chegou a ir a julgamento e o motorista não foi acusado formalmente, já que Giuliani já morreu pelo ferimento do tiro.

Em 2008, um tribunal italiano condenou 15 funcionários por abusos de autoridade, violência e tortura praticados contra manifestantes naqueles dias. As penas variaram de cinco meses a cinco anos de prisão.

Sem condenação judicial, a morte de Giuliani se tornou um símbolo para aqueles que criticam as reuniões do G8.

 Redação com informações do Opera Mundi