Ato vai lembrar os 100 anos do Brigadeiro Francisco Teixeira
No dia 25, será realizada uma cerimônia em homenagem aos 100 anos do Brigadeiro Francisco Teixeira, falecido em 1986, aos 74 anos, de câncer, no Rio de Janeiro. Por ter se rebelado contra o golpe militar de 64, o Brigadeiro Teixeira foi perseguido, preso e excluído do serviço ativo, junto com todos os militares legalistas e nacionalistas da época.
Publicado 22/07/2011 19:14 | Editado 04/03/2020 17:04
Francisco Teixeira nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 26 de janeiro de 1911, filho de Edgar Teixeira, engenheiro e funcionário público, e de Carmem Mancebo Teixeira. Realizou seus primeiros estudos no Colégio Resende, ingressando em março de 1927 na Escola Naval do Rio de Janeiro.
No Governo Juscelino Kubitschek, foi chefe de gabinete do Ministério da Aeronáutica, ajudando a debelar as revoltas de Jacareacanga, em 1956, e de Aragarças, em 1959. Com a posse de João Goulart, foi nomeado subchefe do Estado Maior das Forças Armadas. No dia 31 de março de 1964, quando começou o movimento militar que deporia o governo, o brigadeiro comandava a estratégica 3ª Zona Aérea, com jurisdição no Rio de Janeiro.
Ficou em seu posto, garantindo a saída do Rio de ministros e políticos perseguidos pelo novo governo. Quando o regime caiu, Teixeira foi para casa, em Copacabana, e pediu que passassem a ferro sua farda. Horas depois seria preso. Foi preso quando Goulart foi deposto e, outra vez, durante o Governo Médici. Anistiado em 1979, lutava desde então pela reintegração dos militares cassados às Forçar Armadas.
Em 19 de junho de 1980 foi anistiado por portaria do ministro da Aeronáutica, Délio Jardim de Matos, conforme a Lei da Anistia sancionada pelo presidente João Batista Figueiredo em 28 de agosto de 1979. Amigo particular de Renato Archer, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PDMB). Em julho de 1983 foi um dos fundadores da Associação Democrática e Nacionalista de Militares (Adinam), entidade que reunia os militares cassados e perseguidos pelo regime militar, presidindo-a de dezembro daquele ano até sua morte.
Local
A homenagem será às 18 horas, no 9º andar da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), na Rua Araújo Porto Alegre, 71, Centro – RJ. O ato tem o apoio da ABI, da Associação Democrática Nacionalista de Militares (Adinam), da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), do Movimento em Defesa da Economia Nacional (Modecon) e do Clube de Engenharia.