Zapatero justifica os cortes diante da insatisfação popular
O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, justificou hoje as medidas de ajuste tomadas pela Espanha e Reino Unido para enfrentar a crise, apesar da insatisfação popular gerada nos dois países.
Publicado 25/07/2011 16:00

Em coletiva de imprensa junto ao primeiro ministro britânico, David Cameron, o chefe do governo espanhol declarou que as decisões adotadas têm sido difíceis, mas também "as mais razoáveis".
"Falemos claro. Todos os governos ante essa crise, que é a mais grave em 80 anos, têm tido que tomar decisões nada fáceis em cada país, as mais razoáveis possível", disse Rodríguez Zapatero.
"Os arroxos salariais, aumentos na idade de aposentadoria, os cortes de pensões e outras medidas antipopulares têm gerado protestos massivos na Espanha e no Reino Unido".
Saída longa, dura e difícil
O chefe do governo espanhol declarou que de uma ou outra maneira estas medidas se têm aplicado em vários países e admitiu que a saída à crise está sendo "longa, dura e difícil".
Em outra parte da sua intervenção, Rodríguez Zapatero respaldou o acordo alcançado na semana pasada pelos líderes da eurozona para o resgate da Grécia.
"Os mercados devem saber que o acordo sobre a Grécia é um acordo sólido", disse, e assegurou que a zona euro não vai dexar cair o país heleno.
Sobre as políticas que a região deverá seguir implementando para ganhar a confiança dos mercados, mencionou como exemplo a redução do déficit público levado a cabo pela Espanha, que permitiu uma queda de 11,2% em 2009 para 6% em 2011.
Além da situação econômica dentro da zona euro, o chefe do governo espanhol conversou hoje com o primeiro ministro britânico sobre outros temas da atualidade, como o duplo atentado na Noruega, que – segundo o último balanço – deixou um saldo de 93 mortos.
Na opinião de Rodríguez Zapatero, este é um feito muito grave que exige uma resposta europeia, enquanto Cameron anunciou a revisão da segurança no Reino Unido após os assanatos de sexta-feira.
Fonte: Prensa Latina
Tradução: Luana Bonone