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"Virada de mesa" pode manter River Plate na 1ª divisão argentina

O inédito e dramático rebaixamento do River Plate à segunda divisão do Campeonato Argentino pode não ocorrer mais. Segundo informa a imprensa local, a Associação do Futebol Argentino (AFA) estuda ampliar o número de clubes que disputam a elite nacional, evitando assim o descenso da equipe de Buenos Aires.

A possível "virada de mesa" será decidida nesta segunda, em reunião que definirá também a permanência de Sergio Batista no comando da seleção argentina. O River Plate foi rebaixado no último mês de junho, após perder disputa de repescagem contra o Belgrano.

Ainda não há previsão de como seria disputado o Campeonato Argentino caso a "virada de mesa" realmente ocorra. Em entrevista à emissora Torneos y Competencias (TyC), o secretário executivo da presidência da AFA, José Luis Meiszner, descartou criar um torneio com 40 equipes, imaginando uma competição que levasse os outros times grandes que militam em divisões inferiores.

Segundo a imprensa argentina, o novo campeonato pode ser disputado dividindo os times em grupos para depois definir via classificados a equipe campeã e quem disputa a próxima edição da Copa Libertadores da América.

A virada de mesa não é nenhuma novidade no Brasil. Nos anos 1970 o Campeonato Brasileiro era disputado a cada ano sem fórmula ou número de competidores previamente conhecidos.

Casos famosos de virada de mesa ocorreram com o paulistano São Paulo, em 1990, quando caiu para a segunda divisão do futebol paulista. Para salvar o clube paulistano, a Federação Paulista fez uma virada de mesa e dividiu a primeira divisão em grupos.

O São Paulo acabou disputando o Grupo Amarelo, com clubes bem mais fracos que os do Grupo Verde, e acabou classificando-se para disputar a fase final do campeonato de 1991 do qual foi campeão. A desculpa dada pela Federação é que a CBF "proibia" que clubes que não fossem da primeira divisão disputassem o campeonato brasileiro, o que faria com que o São Paulo fosse automaticamente eliminado da disputa do Brasileiro de 1991.

Outro clube que teve destino semelhante foi o Fluminense, que chegou a disputar a terceira divisão do futebol brasileiro. Quando iria voltar a disputar a Série B, apos se tornar campeão da Série C, uma virada de mesa fez com que fosse convidado a disputar a Copa João Havelange, campeonato que, em 2000, substituiu o Campeonato Brasileiro. Sem passar pela segunda divisão, o Fluminense foi guindado de volta à Série A pela porta dos fundos.

Com agências