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Com acordo da dívida próximo, Senado dos EUA se reúne para votar

O Senado americano –controlado pelos democratas– está reunido neste domingo para discutir e votar uma nova proposta do líder democrata da Casa, Harry Reid, para aumentar do teto da dívida dos Estados Unidos e evitar que o país entre em default (suspensão de pagamentos).

A votação, que estava prevista anteriormente para a 1h deste domindo (31) no horário local, foi adiada 12 horas dar mais tempo às negociações dos democratas com os republicanos sobre um acordo bipartidário.

Mesmo que a nova proposta passe no Senado, ela ainda precisará ser votada na Câmara de Representantes, onde a oposição republicana possui a maioria das cadeiras.

O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, disse mais cedo que os negociadores do deficit estavam perto de um acordo de US$ 3 trilhões em cortes de gastos e que o plano incluiria um aumento de US$ 2,4 trilhões no limite do endividamento dos Estados Unidos –atualmente em US$ 14,3 trilhões. O novo valor seria suficiente para o governo arcar com suas obrigações até 2012.

Ambos os lados estão otimistas de que uma proposta que satisfaça as exigências dos partidos surgirá para evitar uma moratória.

Na sexta-feira, os senadores recusaram o plano republicano sobre o tema, que havia sido aprovado cerca de duas horas mais cedo pela Câmara de Representantes. A proposta, apresentada pelo presidente da Câmara, o republicano John Boehner, buscava elevar o teto da dívida americana em duas etapas.

Sem o aumento do teto da dívida até 2 de agosto, os americanos podem enfrentar elevação da taxa de juros e a queda do dólar. Com o aumento do custo das taxas de empréstimo, hipotecas e empréstimos estudantis ficam mais caros e o efeito é sentido por grande parcela da população.

Retrospectiva

Há meses a Casa Branca e o Congresso estão envolvidos em negociações para chegar a um acordo que permita elevar o teto da dívida pública dos EUA e, assim, evitar o risco de calote.

Nas últimas semanas, o presidente Barack Obama e líderes dos dois partidos –Democrata e Republicano– se reúnem quase diariamente, mas ainda não conseguiram solucionar o impasse.

A oposição republicana exige que um acordo para elevar o teto da dívida seja vinculado a cortes no orçamento americano, para reduzir o deficit recorde, calculado em cerca de US$ 1,5 trilhão (R$ 2,3 trilhões) para o ano fiscal que termina em setembro.

Apesar de representantes de ambos os partidos concordarem com a necessidade de reduzir gastos, há muitas divergências sobre o que cortar e que programas atingir.

Os republicanos se recusam a aceitar qualquer proposta que inclua aumento de impostos. Obama, no entanto, insiste na necessidade de acabar com cortes de impostos que beneficiam a camada mais rica da população, criados ainda no governo de George W. Bush.

Os democratas, por outro lado, relutam em tocar em programas sociais que os republicanos querem enxugar.

Fonte: Foilha Online