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Reunidos em Cuba, intelectuais chamam a lutar por um novo mundo

Intelectuais, artistas e acadêmicos de 17 países da América Latina e Europa fizeram no último sábado (30) um chamamento a fortalecer esforços para a construção de um novo mundo não capitalista.

A declaração, encabeça pelos membros da Rede de Redes em Defesa da Humanidade, conclama os lutadores sociais, organizadores e redes de pensadores críticos e artistas comprometidos a se somarem à luta por um planeta "emancipado, sem colonialismos nem impérios, sem escravidão nem racismos, sem submissão de nenhuma forma de vida".

O documento foi lido pela ensaista venezuelana Carmen Bohórquez na jornada final do Encontro de Coordenadores da Rede, que se reuniu durante três dias na Casa Cultural da Alba com a participação de personalidades do Brasil, Bolívia, México, Françia, Haiti, Uruguai, Panamá, Argentina e Paraguai, entre outros.

É urgente consolidar as bases sobre as quaise se levante um mundo emancipado, sublinha o texto, que insta a um diálogo "entre as cosmovisões e as tradições libertadoras da humanidade, a poesia, a dança, a arte e a imaginação criadora de nossos povos".

Um diálogo, agrega, que contribuirá para encontrar novas linguagens e caminhos para a emancipação material, cultural e espiritual, e que fomente "o abraço com todos os povos da Terra".

Nós nos propomos – diz o documento – “a nos mobilizar contra as guerras e expansões territoriais dos poderosos do mundo, em qualquer parte que ocorram, celebrar e defender as conquistas dos movimentos sociais e dos governos revolucionários e progressistas".

A declaração também assinala a disposição de desenvolver um trabalho sistemático e consistente na batalha das idéias e a construção de sentidos comuns emancipadores e comprometidos, para fazer frente à guerra mediática.

O documento pede a retirada das tropas estrangeiras do Haiti.

Na reunião, iniciada em Havana na última quinta-feira, participaram o cantor e compositor paraguaio Ricardo Flecha, o músico uruguaio Daniel Viglietti, a cientista política mexicana Ana Esther Ceceña, o intelectual haitiano Camille Chalmers, o poeta peruano Hildebrando Pérez e o jornalista colombiano Fernando Rendón, entre outros.

Fundada em 2003, a Rede de Redes agrupa a escritores, economistas, professores, artistas, religiosos, movimentos sociais e meios de imprensa alternativos.
Com informações da agência Prensa Latina