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Parlamento cubano aprova declaração sobre paz e desarmamento

A Comissão de Relações Internacionais da Assembleia Nacional do Poder Popular aprovou durante esta semana resolução em defesa da paz mundial e da eliminação de todas as armas nucleares.

Em nota divulgada dia 28 de julho pelo jornal Granma, os deputados cubanos dizem que o Parlamento de seu país, consciente de que as armas nucleares, junto às mudanças climáticas, constituem os desafios mais importantes que a humanidade enfrenta, expressa sua profunda preocupação diante da existência de mais de 22.600 ogivas nucleares, das quais a metade está pronta para ser empregada de imediato.

Os parlamentares cubanos condenaram a falta de vontade política das potências nucleares que não cumpriram o compromisso de acordar um tratado para eliminar as armas nucleares e continuam aperfeiçoando o armamento nuclear existente.

Igualmente, a comissão do parlamento cubano rechaçou o alarmante incremento dos gastos militares, cuja cifra atual ascende a 1,5 trilhão de dólares, várias vezes superior aos recursos que se destinam para a ajuda internacional ao desenvolvimento. Com os recursos que hoje são dedicados a armamentos, se poderia alimentar mais de um bilhão de famintos que existem no planeta, evitar a morte de 11 milhões de crianças que morrem por ano de fome e enfermidades que poderiam ser prevenidas, combater a pobreza extrema de que padecem mais de 1,4 bilhões de pessoas no mundo, ou alfabetizar 759 milhões de adultos que ainda não sabem ler nem escrever.

A nota da Assembleia cubana reafirma a posição do país sobre a necessidade de eliminar totalmente as armas nucleares e apoia a Declaração que foi adotada sobre este tema na 16ª Conferência Ministerial do Movimento de Países Não Alinhados, em Bali, Indonésia, em maio de 2011, que convoca uma conferência internacional de alto nível para alcançar um acordo sobre um programa para a eliminação total das armas nucleares.

Como ha alertou em várias ocasiones o líder cubano Fidel Castro Ruz, a humanidade se encontra em um momento transcendental de sua história; as ameaças à sobrevivência de nossa espécie são cada vez mais graves e alarmantes, a única garantia de que as armas nucleares não poderão ser usadas por Estados nem por ninguém será sua eliminação e proibição absoluta.

A Comissão de Relações Internacionais faz um chamamento a todos os parlamentos do mundo para que promovam passos concretos que levem à eliminação total do arsenal nuclear, que permita garantir às gerações futuras viver em um mundo de paz e livre de armas nucleares.

Fonte: Jornal Granma