Professores mantem greve e saem passeata pelas ruas de BH

Cerca de cinco mil pessoas participaram da assembleia realizada nesta quarta-feira (3), no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), onde ficou decidido que a greve, iniciada há 55 dias, vai continuar até que seja feito um acordo com o Governo.

Da ALMG eles seguiram em passeata para a Igreja São José, no centro de Belo Horizonte, onde realizaram um protesto nas escadarias em uma atividade que já fazia parte do cronograma do grupo.

Decisões

Ficou decidido, depois de assembleia realizada nesta quarta-feira que a greve dos professores da rede estadual vai continuar até que seja possível entrar em um acordo com o Governo.

A greve já dura quase 60 dias e a principal reclamação da categoria diz respeito ao piso salarial. Eles pedem o cumprimento da lei 7.738, que regulamenta o piso salarial. O impasse com a Secretaria da Educação se dá porque, para o Governo, o valor entendido como piso é de R$ 1.187 para uma jornada de 40 horas semanais.

Para uma jornada de 24 horas semanais, portanto, eles receberiam R$ 1.122, o que o Governo considera ser um valor acima do piso nacional. Para o sindicato, R$ 1.122 é o total da remuneração de profissional de ensino médio no estado, sendo que o vencimento básico é de R$ 369. O que os professores pedem é que o vencimento básico passe a ser de R$ 1.597.

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUTE) iniciou, durante a assembleia, uma campanha para que os professores votem no regime de remuneração – subsídio ou piso – e pede para que escolham o piso, uma vez que que traz mais benefícios, unindo o vencimento básico aos benefícios oferecidos pelo Governo.

Eles têm até 10 de agosto para tomar a decisão e, no dia 9, uma nova assembleia acontece para decidir os rumos do movimento grevista.

Fonte: Portal O Tempo