Políticas republicanas empurram EUA para recessão

Meses de indecisão no Congresso terminou esta semana com o aumento do teto da dívida e corte de despesas. Previsivelmente os cortes serão sentidos por programas como o seguro-saúde dos idosos e outros setores de escassos rendimentos.

Pese ao otimismo expressado pelo presidente Barack Obama sobre a economia quando expressou nesta sexta (5) "vamos superar isto, as coisas melhorarão", depois da uma recaída nos mercados mundiais na quinta-feira (4), os republicanos prosseguirão sua ofensiva.

A confiança do mandatário justificou-se na diminuição ínfima de taxa de desemprego em 0,1 pontos (117 mil novas praças em julho) a 9,1%, quando os analistas esperavam que a mesma se mantivesse em 9,2%.

Alguns especialistas consideram que o fato de que a maioria dos governos estatais estejam em poder da oposição abre uma nova frente de confrontação que afetará os planos da Casa Branca.

Segundo relatórios oficiais, governos estatais e locais deixaram desempregados milhares de pessoas durante julho, no que se considera a pior contração do emprego nessa instância desde 1981, segundo John Lonski, diretor da revista Moody's Capital Markets Research.

Cerca de 39 mil postos de trabalho foram eliminados nesse nível e os cortes de despesas incrementaram as possibilidades em cerca de 50% de que a economia estadunidense entre novamente em um processo recessivo, opinou Lonski.

Esta situação, unida a outros fatores de crise, faz com que cerca de 46 milhões de estadunidenses tenham recebido assistência do governo para comprar alimentos durante 2011, segundo cifras do Departamento de Agricultura, o que ilustra a crise dos EUA.

O otimismo do mandatário foi motivo de deboche pelo presidente da Câmera de Representantes, o republicano John Boehner, quem assegurou que o relatório sobre desemprego da Casa Branca "é uma prova de que toda a despesa de Washington, os impostos, as regulações, estão devastando nossa economia".

Fonte: Prensa Latina