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Medidas anticrise não contêm queda nas Bolsas europeias

As Bolsas europeias não conseguiram manter os ganhos que registraram no início da manhã e às 10h30 (horário de Brasília) operavam em baixa. Londres, a maior Bolsa do continente, caía 2,00%, e Paris tinha retração de 2,50%. Em Frankfurt, a queda era de 2,67%.

A decisão do Banco Central Europeu, de comprar títulos da dívida de Itália e Espanha, não parece ter surtido efeito nos mercados de ações, mais preocupados com a estagnação da economia mundial e com o risco de volta da recessão.

Havia também a expectativa pelo comportamento do mercado americano, no primeiro dia útil após a agência Standard & Poor's ter rebaixado a nota de crédito dos EUA na sexta-feira (5) à noite.

Analistas afirmam que o BCE já começou a comprar títulos da Itália e da Espanha, o que provocou a queda nos juros exigidos pelos papéis dos dois países.

No final da semana passada, títulos de 10 anos estavam pagando 6% de juros ao ano. O percentual é considerado insustentável a longo prazo (Portugal e Irlanda, por exemplo, tiveram que recorrer a empréstimo do BCE e do FMI quando pagavam 7%). Hoje, houve queda de um ponto percentual.

Previsões para esta segunda-feira (8) já indicavam que este seria mais um dia de enormes perdas nos mercados, após a semana passada ter registrado as maiores quedas desde o auge da crise econômica de 2008.

No final de semana, o BCE e os líderes das principais economias do mundo fizeram reuniões de emergência para definir que atitudes tomar. Em comunicados, tanto o BCE quando o G7 (grupo dos países ricos) indicaram que farão o que for necessário para manter a estabilidade mundial.

Além da questão da dívida de países europeus e dos EUA, há a expectativa de que a economia global pode enfrentar nova recessão.

Fonte: Folha.com