Greve dos Professores ganha força no interior do Ceará
Após decretada a greve dos professores da rede estadual de ensino na última sexta-feira (05/08), o movimento ganha força não só em Fortaleza mas em todo o interior do estado. Foram diversas as manifestações de apoio de professores nos municípios cearenses.
Publicado 08/08/2011 11:32 | Editado 04/03/2020 16:31
Em Itapipoca, reunidos em grande assembleia, os professores decidiram por unanimidade aderirem à greve fortalecendo cada vez mais o movimento paredista em defesa da educação. O sentimento de indignação que tomou conta da categoria após as propostas apresentadas pelo Governo do Estado contagiou os professores das oito escolas estaduais de Itapipoca. Como encaminhamento da reunião realizada na última sexta-feira (05/08), foi criada uma comissão com representantes das escolas locais. Os professores estão visitando as rádios locais para divulgar a greve e informar os reais motivos que levaram à paralisação das atividades. Enquanto durar a greve, os professores de Itapipoca realizarão reuniões diárias na Praça Perilo Teixeira, para atualizar a categoria sobre as novidades da manifestação.
Em Camocim, os docentes também realizaram plenária neste final de semana para discutir sobre o movimento grevista. Acaraú, Sobral, Forquilha, Crato, Juazeiro do Norte, Iguatu e Quixadá são alguns dos municípios que também constata-se grande adesão ao movimento.
Reivindicações
A categoria rejeita a proposta apresentada pelo governador Cid Gomes (PSB) que mantém uma diferença de 90 reais do graduado para o especialista. O aumento é de em 45%, somente para os professores em início de carreira com nível superior. Já para os professores temporários, o aumento seria de 60%. Em relação aos especialistas, a assessoria do governo não anunciou o reajuste. Segundo o Sindicato Apeoc, “não vai haver ganho algum para mais de 80% do quadro efetivo do Estado”.
Além disso, a categoria critica que o Governo tenha apresentado o piso salarial dos professores no valor estabelecido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), que é de R$ 1.187,00. Os professores defendem que o valor seja de R$ 1.587,00 conforme prevê a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
De Fortaleza,
Carolina Campos