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Amorim avalia participação do Brasil em missão no Haiti

O novo ministro da Defesa, Celso Amorim, analisa a possibilidade de "reformular" a participação do Brasil na Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (Minustah), disse nesta terça (9) à agência Efe uma fonte do Ministério.

"O ministro acaba de chegar e está elaborando sua agenda interna. Não se está avaliando necessariamente a retirada das tropas. É possível realizar uma reformulação da missão, porque é muito cara", assinalou a fonte.

O Brasil lidera a Minustah desde que a missão foi criada em 2004. Por isso, o comandante-em-chefe das forças internacionais no Haiti quase sempre foi um militar brasileiro.

Após oito anos como ministro das Relações Exteriores do Governo Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim assumiu a pasta da Defesa na segunda-feira, sucedendo no cargo Nelson Jobim, que renunciou depois da divulgação de polêmicas declarações em que criticava duas ministras do Gabinete da presidente Dilma Rousseff.

Embora não tenha citado o Haiti em seu discurso de posse, Amorim disse depois que "não pode haver permanência para sempre nem retirada irresponsável" do Haiti. Sob essa ótica, ele afirmou que o Brasil pretende preparar "uma estratégia de saída" do Haiti que seja favorável aos dois países.

Em seu discurso, Amorim destacou que vai manter a mesma linha na política de Defesa dos últimos anos e ressaltou que vai promover uma maior aproximação do Brasil com a América do Sul e a África.

A Minustah é atualmente liderada pelo político chileno Mariano Fernández e conta com 7.803 militares (de 19 nacionalidades) e 2.136 policiais (de 41 nacionalidades), 464 civis internacionais (de 115 nacionalidades), 1.239 civis locais e 207 voluntários das Nações Unidas.

Com 1.280 soldados, o Brasil é o país com maior participação nas tropas da Minustah. O comando militar da missão pertence ao general brasileiro Luiz Eduardo Ramos Pereira

Fonte: Efe e Folha de S. Paulo