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Crise de dívida reduz credibilidade e influência dos EUA

A crise da dívida dos EUA vem apresentando um grande risco para seus credores pelo mundo. A diminuição da confiança dos investidores no país está se intensificando. A decisão da agência de qualificação de crédito internacional Standard & Poor's de rebaixar a nota de qualificação da dívida dos Estados Unidos do nível mais alto AAA, para AA+, voltou a agravar situação.

O rebaixamento é o primeiro na história do país. Isso significa que o gigante econômico tem uma qualificação inferior a outros 17 países, tais como Reino Unido, Alemanha, França e Canadá. Não é exagerado dizer que a crise já causou um impacto de tamanho imprevisível àquela que ainda é considerada a economia mais poderosa no mundo.

Como o sistema monetário internacional tem o dólar como base e o mercado de títulos de crédito dos EUA é o maior do mundo, se o país não for capaz de pagar os empréstimos, o setor financeiro internacional vai sofrer prejuízos devastadores e o sistema monetário global corre o risco de uma mudança drástica. A economia norte-americana também vai passar por abalos sem precedentes. Atualmente, a recuperação econômica dos EUA e de outros países desenvolvidos ainda está desacelerada. Uma vez que o risco se torne realidade, os impactos se estenderão do sistema financeiro aos setores da economia real. Assim, a economia mundial pode voltar a sofrer uma recessão após a crise financeira que começou em 2008.

Desta vez, embora o congresso norte-americano tenha chegado a um acordo para ampliar o teto da dívida, a confiança dos investidores na economia e no sistema político dos EUA já começou a se enfraquecer. Isso pode ser provado pelas quedas vertiginosas dos principais mercados de ações do mundo e pelo rebaixamento da nota de qualificação da dívida dos Estados Unidos pela agência Standard & Poor's. Nesta crise, é natural chegar à conclusão que, como a maior potência global, os EUA só focam seus próprios interesses, ao invés de levar em consideração as responsabilidades e deveres internacionais. A crise reduziu a credibilidade norte-americana entre os investidores e revelou a fundo a deficiência do sistema político do país.

Para piorar a situação, o acordo aprovado pelo congresso norte-americano pode não ajudar o país a sair das dificuldades financeiras e, por isso, o crescimento econômico vai enfrentar incertezas por muito tempo. No curto prazo, a diminuição de despesas financeiras vai impactar a recuperação econômica dos EUA enquanto, no longo prazo, o país vai encontrar riscos ainda maiores nas despesas militares e em saúde e bem estar social.

Quando os investidores perderem a confiança nos EUA, começam a focar em mercados substituintes. Porém, devido a aspectos econômicos e políticos, desde a Segunda Guerra Mundial os EUA ainda não enfrentam um adversário. O mundo está guardando a possibilidade de surgimento de um mercado substituto.

Fonte: Chen Xin'er, da Rádio China Internacional