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Indústria pede a Mantega ampliação de incentivos e queda de juros

Os pedidos de ampliação dos incentivos concedidos à indústria estão sendo o centro das discussões na reunião do Grupo de Avanço da Competitividade (GAC), hoje (10) em Brasília. No encontro, representantes do setor privado reivindicam ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que preside o grupo, a extensão das reduções de impostos anunciadas nos últimos dias e voltaram a defender a queda dos juros.

O presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, pediu a elevação o teto para que as empresas possam declarar o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) pelo lucro presumido, sistema com alíquotas menores e pagamento simplificado dos tributos. Desde 2003, apenas empresas com receita bruta de até R$ 48 milhões por ano podem declarar por esse regime. A entidade reivindica o reajuste do valor para R$ 78 milhões.

Segundo Godoy, a medida desestimula a sonegação ao reduzir a inadimplência das empresas. Para a Abdib, a proposta consiste em estender às médias empresas os benefícios concedidos aos micro e pequenas empresas, que tiveram o limite de enquadramento no Supersimples aumentado de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões por ano.

Ao chegar à reunião do GAC, Andrade afirmou que projetos para corrigir o teto das empresas que declaram pelo lucro presumido já tramitam no Congresso. Em relação à crise internacional, ele pediu a queda dos juros para que a indústria mantenha a produção e o emprego.

O presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Cláudio Conz, pediu a inclusão de novos setores no Plano Brasil Maior, nova política industrial lançada na semana passada. Os fabricantes de materiais de construção foram beneficiados com a prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido. Ele, no entanto, disse que mais ramos da indústria deveriam ser beneficiados e defendeu que as desonerações sejam aplicadas a partir de um faturamento mínimo, em vez de serem restringidas a um limite máximo.

Para Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o governo deveria reduzir tributos para fabricantes de semicondutores, visores de tela e outros componentes eletrônicos para estimular a produção nacional. Segundo ele, o Plano Brasil Maior beneficiou apenas o segmento de tecnologia da informação, mas deixou de lado o setor de microeletrônica.

Fonte: Agência Brasil