Peru: exumações confirmam 'guerra clandestina' da era Fujimori
O Procurador Nacional do Peru, José Peláez, declarou nesta terça (09) que as exumações dos corpos que pertenciam a agricultores assassinados pelo grupo paramilitar Colina confirmam que houve uma "guerra clandestina" durante o governo do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000).
Publicado 10/08/2011 10:34
Segundo Peláez, os peritos estão tentando determinar a identidade dos restos humanos encontrados, comparando-os com o DNA de seus familiares. Alguns parentes já reconheceram alguns corpos.
Os cadáveres foram encontrados na semana passada na província de Santa, na região de Ancash, a cerca de 450 quilômetros ao norte de Lima. As vítimas teriam sido mortas em 1992.
O procurador explicou que é preciso comparar o reconhecimento por parte dos familiares com as versões que foram dadas por membros do grupo Colina, que colaboraram com as autoridades e indicaram a localização dos corpos.
A descoberta, afirmou, confirma "a política de guerra clandestina que se aplicou durante o regime de Fujimori".
O grupo Colina era integrado por membros do Exército e foram responsabilizados pelo assassinato de cerca de 25 pessoas entre 1991 e 1992, nos episódios conhecidos como o massacre La Cantuta e o de Barrios Altos, respectivamente.
Fujimori cumpre pena de 25 anos por corrupção e violações aos direitos humanos em seu governo, quando o grupo paramilitar foi formado para combater o grupo Sendero Luminoso e o Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA).
Com Ansa