Sem categoria

Assembleia de SP apura se houve falha em pagamentos à TV

Deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo afirmam que a Casa pagou cerca de R$ 4,4 milhões à Fundação Padre Anchieta, que operou a TV Assembleia até fevereiro último, para a exibição de boletins informativos que de fato nunca foram feitos.

Na quarta-feira (17), a cúpula da Casa decidiu "suspender temporariamente a realização" dos informes e abrir sindicância. Foi anunciada a criação de uma comissão para apurar se há irregularidade no pagamento de serviços. Por conta do caso, noticiado pelo jornal "O Estado de S. Paulo", o diretor de Comunicação Social da Casa, Antonio Denarde, pediu afastamento do cargo.

A Fundação Padre Anchieta respondeu pela produção da TV Assembleia por quatro anos. Segundo os parlamentares, foi feito um aditivo no contrato feito em 2009, para que as inserções com informes das atividades de todos os parlamentares passassem a integrar a programação.

O questionamento sobre a execução do serviço foi feito pelo deputado Major Olímpio (PDT-SP). "Constam na relação oito inserções minhas, seis em setembro, mas não tive conhecimento de nenhuma", disse. Deputados do PSDB e do PT também negaram participação nos boletins.

A Padre Anchieta disse que "todos os 94 representantes foram comunicados e convidados a participar [das inserções]. A TV executou as gravações solicitadas", afirmou a entidade. Segundo a fundação, foram veiculados 2.350 boletins. Major Olímpio questionou o número e disse que moverá queixa-crime.

Questionada se o número de inserções é "exagerado", a fundação afirmou que "como fornecedora, a fundação atendeu a uma solicitação expressa da Assembleia".

Com Folha de S.Paulo