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Corinthians contrata detentos e ex-detentos para obras do estádio

O time do Corinthians vai contratar 240 ex-detentos e 30 cumpridores de pena do regime semiaberto para as obras do Itaquerão, estádio que receberá jogos da Copa do Mundo 2014. A medida é resultado do Termo de Cooperação Técnica firmado, em janeiro de 2010, entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, o Ministério dos Esportes e os estados e municípios que sediarão os jogos da competição.

Pelo Termo, os editais de licitação devem incluir a obrigatoriedade de as empresas – em obras e serviços com mais de 20 funcionários – destinarem 5% das vagas de trabalho a detentos, egressos do sistema carcerário, cumpridores de medidas alternativas e adolescentes em conflito com a lei.

O emprego desse público nas obras da Copa 2014 já é uma realidade no Distrito Federal (são 10), Mato Grosso (8) e Minas Gerais (28). Recentemente, a Bahia concluiu a capacitação profissional de 30 detentos que, em breve, estarão no canteiro de obras da Arena Fonte Nova, estádio que também receberá a Copa.

A articulação com o Corinthians foi comandada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Segundo Paulo Sorci, juiz auxiliar da Corregedoria do tribunal, em uma reunião anterior havia sido entregue ao presidente do clube, Andrés Sanchez, uma lista com 240 nomes de egressos do sistema carcerário aptos a trabalhar nas obras. Posteriormente foi apresentada uma nova proposta; a de inclusão de 30 detentos do regime semiaberto, igualmente aceita pelo dirigente.

Paulo Sorci afirmou que as contratações devem começar dentro de dois meses. Contratados, os operários vão prestar serviços à construtora Odebrecht, encarregada das obras do Itaquerão.

As 270 contratações anunciadas pelo Corinthians vão se somar às 1.656 já realizadas por órgãos públicos e empresas privadas desde que o Programa Começar de Novo foi instituído pelo CNJ, em outubro de 2009. O programa tem o objetivo de administrar, em nível nacional, a oferta de oportunidades de capacitação profissional e de trabalho para os que prestaram contas à Justiça e querem reconstruir a vida inseridos na sociedade.

Agência CNJ de Notícias