Trabalhadores de Jirau podem receber indenização de até R$ 4,9 mi
O Ministério Público do Trabalho em Rondônia (MPT-RO) entrou com uma ação na 8ª Vara do Trabalho, em Porto Velho, para que as empresas Camargo Corrêa e Energia Sustentável do Brasil (ESBR), responsáveis pela construção da Usina Hidrelétrica Jirau, paguem uma indenização de R$ 4,9 milhões a seus funcionários, por “práticas de condutas ilícitas”.
Publicado 23/08/2011 20:51
No início do ano, os operários da usina paralisaram as atividades por mais de um mês depois de uma revolta generalizada no canteiro de obras, com depredação de alojamentos, veículos e equipamentos. O protesto foi contra as condições de trabalho no canteiro de obras, às margens do Rio Madeira.
Segundo o MPT, os relatórios e autos de infração elaborados pela fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) constatam diversas irregularidades no canteiro de obras da usina, entre elas jornadas excessivas de trabalho.
Os fiscais indicaram que falta um sistema de registro – eletrônico ou manual – para controle dos horários de entrada, saída e repouso dos funcionários. Os relatórios apontam ainda que alguns trabalhadores gastam mais de uma hora diariamente para se locomover dos alojamentos, dentro do canteiro de obras, até seus postos e esse tempo não é computado como hora trabalhada.
A Energia Sustentável do Brasil (ESBR) informou que não vai se manifestar sobre a ação. A Camargo Corrêa foi procurada pela reportagem, mas não enviou uma reposta até a publicação desta matéria.
Fonte: Agência Brasil