Sem categoria

Twitter: espanhóis se mobilizam e protestam via rede

Apesar de ainda não ter chegado às ruas, os protestos da população espanhola  contra as medidas econômicas propostas pelo primeiro-ministro do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, ganharam expressão nas redes sociais, arregimentando contingentes cada vez maiores de manifestantes virtuais.

Os twitteiros contestam a sugestão de Zapatero por uma reforma na Constituição espanhola com a finalidade de elevar o limite no déficit público, consequentemente aumentando a dívida nacional.

Apresentadas em meio a uma crise financeira que agrava os desdobramentos da mais alta taxa de desemprego da zona do euro, a sugestão de Zapatero é fazer uma reforma na Constituição espanhola com a finalidade de elevar o limite no déficit público, consequentemente aumentando a dívida nacional.

O protesto nas redes sociais ganhou grande destaque, alcançando a primeira posição no Trending Topics – ranking da rede social Twitter – espanhol, com a hashtag #yoquierovotar. Eles reivindicam um referendo para colocar o tema em votação popular no país

Segundo o jornal espanho El País, alguns partidos políticos de oposição ao presidente do governo espanhol, como o Izquierda Unida (IU), também se colocaram na luta por uma ampla votação popular. “Os membros (do partido) que se consideram progressistas devem forçar um referendo sobre a reforma constitucional.”

Mesmo com a onda de protestos virtuais, Zapatero consultou o líder da oposição Mariano Rajoy, e o candidato socialista nas eleições gerais de 20 de novembro, Alfredo Pérez Rubalcaba, e considerou viável o avanço do tema entre os partidos. Para ele, essa medida reforçará o compromisso da Espanha com as “medidas de consolidação” e contribuirá para “fortalecer a economia internacional médio e longo prazo”.

Empenhado na consolidação da proposta, o presidente espanhol pediu “um trabalho construtivo” aos partidos políticos, destacando que a aprovação do aumento nos limites da dívida será importante para o futuro. Zapatero reconheceu ainda que no curto prazo o problema do desemprego será sentido pela sociedade.

Fonte: Correio do Brasil