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Etchegarray: passos para uma autonomia regional

Os avanços conquistados na reunião dos chanceleres da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) para coordenar ações conjuntas frente aos efeitos da crise representam um passo importante no aprofundamento dos processos de integração regional em marcha.

Por Patricio Etchegarray*

Os três eixos para avançar nesse sentido são: a “desdolarização” do intercâmbio comercial, avançar na concreção do Banco do Sul e a coordenação para o uso das reservas que, somando as de todos os países envolvidos, alcançam os US$ 550 bilhões.

A construção de espaços próprios de articulação de políticas e econômicas, longe das pressões que organismos como o FMI, BID ou o Banco Mundial exerceram sobre nossos países durante décadas, são passos fundamentais para um desenvolvimento autônomo da região, encerrando a colonialismo exercido pelos Estados Unidos.

O fim da unipolaridade, no contexto da grave crise capitalista que o mundo atravessa, a América Latina aprofundando processos integracionistas e distanciando-se profundamente das políticas neoliberais representam avanços rumo a uma política emancipatória.

No próximo mês de setembro, será tratada na Câmara dos Deputados da Argentina uma adesão ao Banco do Sul que já conta com uma média aprovação dos senadores. Será um momento fundamental para que se consolide este caminho de integração.

Há momentos que a crise capitalista começa a sentir seus efeitos, a única alternativa é avançar decididamente pelo caminho da segunda e definitiva independência no marco da unidade sul-americana.

Etchegarray é secretario-geral do Partido Comunista de Argentina (PCA)