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Dilma em PE elogia Campos e defende superávit primário

Durante sua passagem por Pernambuco nesta terça-feira (31), a presidente Dilma Rousseff fez gestões para fortalecer as relações com o governador do estado, Eduardo Campos, e desfazer a impressão de problemas e insatisfações ligados a reivindicações de nomeações de pessoas ligadas ao governador para cargos federais ainda não atendidas pela presidente.

Fontes ligadas a Eduardo Campos garantem que não há qualquer tipo de problema entre o governador e a presidente. No discurso feito em Cupira, no Agreste pernambucano, a presidente não poupou elogios a Campos, a quem chamou de "grande parceiro do governo Lula e do meu governo". Mais tarde, no Recife, Dilma externou sua satisfação em visitar Pernambuco, "onde sempre vê realizações de um governo dinâmico".

O governador, segundo pessoas do seu círculo, considera que a visita de Dilma teve um papel importante para a consolidação da relação entre ela e o governo de Pernambuco.

“Presente de grego”

A presidente defendeu as medidas anunciadas na véspera pelo seu ministro da Fazenda de aumentar o superávit fiscal e sinalizou no sentido da contenção do gasto público. Dilma se queixou do que chamou de “presente de grego”, ao referir-se a novas despesas. As declarações da presidente contradizem as expectativas das forças progressistas e do movimento sindical, uma vez que o governo economiza para pagar juros da dívida.

Segundo a presidente, o momento atual, marcado pela crise internacional, não é adequado para a aprovação da Emenda 29, que regulamenta os recursos para a saúde, e da proposta de emenda constitucional (PEC) 300, que cria um piso salarial para policiais e bombeiros.

"Não quero que me deem presentes de grego. Presente de grego eu não quero. Agora, eu quero um presente para a saúde que é o seguinte: eu quero saber como é que todo o investimento necessário para garantir que nosso povo tenha saúde de qualidade vai sair?", questionou a presidente.

Sobre o aumento do superávit primário em R$ 10 bilhões, Dilma disse que a medida abre espaço para redução da taxa de juros. E, em linha com o que disse ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ela garantiu que não haverá redução em investimentos e em programas sociais, como o PAC, em razão dos cortes orçamentários anunciados ontem, em Brasília.

Ao lado do governador pernambucano Eduardo Campos, a presidente autorizou o início das obras de duas barragens na região castigada pelas chuvas nos últimos dois anos e assinou o convênio para a construção de uma terceira. Os três empreendimentos vão demandar investimentos da ordem de R$ 456 milhões.

Com agências