Sem categoria

Exército líbio ataca posições das forças leais à Otan

As forças leais ao Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) sofreram nesta quinta-feira (8) um duro contra-ataque na cidade líbia de Bani Walid realizado pelo que resta do Exército regular líbio.

Os soldados irregulares do Conselho Nacional de Transição se posicionavam para dar início à invasão da localidade, que ainda está sob controle do exército regular líbio.

Pelo menos dez explosões atingiram a linha de frente das forças agressoras oposicionistas, que supostamente haviam cercado a cidade e esperavam ordens para iniciar uma invasão.

O porta-voz do conselho, Abdullah Kinshil, afirmou que os estoques de comida, remédios e gás de cozinha de Bani Walid estão se esgotando e que, por isso, o cerco deverá desbaratar as forças regulares.

Kinshil voltou a falar de rendição para os homens que combatem os agressores, inclusive para o líder líbio Muamar Kadafi.

O CNT diz que as tentativas de negociação na localidade continuarão até sábado (10), quando vence o ultimato dado aos soldados regulares.

Segundo afirmam as forças leais à Otan, Jufra, Sabha e Sirte, cidade natal de Kadafi, ainda estão sob controle do exército regular líbio.

Agressão continua

Em Trípoli, 20 dias após a invasão da cidade pelas forças leais à Otan, o líder da organização que reune os diversos grupos que combatem o governo de Kadafi, Mahmoud Jibril, disse que a "batalha não acabou" e que o governo e seus funcionários ainda não foram derrotados.

Em um apelo contra a divisão do movimento golpista, Jibril pediu que os grupos políticos que formam o CNT se "mantenham unidos", em uma advertência que não quer tolerar mais atritos no seio das dezenas de organizações rivais que formam o Conselho.

Jibril insistiu, afirmando que os grupos não devem começar com "jogos políticos uns contra os outros" enquanto o governo Kadafi não for completamente derrotado.

"Esta é uma fase em que temos que nos unir e ficar juntos", disse ele em entrevista coletiva à imprensa. "Assim que a batalha tiver terminado (…) o jogo político pode começar."

Jibril ameaça renunciar à chefia do movimento diante das cada vez maiores dissensões entre os grupos que apoiam a intervenção da Otan.

"Alguns fizeram tentativas de iniciar um jogo político antes de se chegar a um consenso sobre as regras. Se nós descobrirmos que não estamos em terreno comum, então eu recuarei", afirmou.

Com agências