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OCDE prevê crise mais longa em países ricos

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) reavaliou nesta quinta-feira (8) para baixo as perspectivas de crescimento econômico, indicando uma recuperação mais lenta a partir dos índices referentes aos países que compõem o G7, formado pelas maiores economias do mundo. A entidade se refere diretamente aos Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.

O economista chefe da OCDE, Pier Carlo Padoan, disse que a recuperação econômica desses países está paralisada, indicando queda de confiança nos negócios, com ameaça de afetar o comércio mundial e o mercado de trabalho. No entanto, nas economias emergentes a tendência é oposta, de crescimento intenso.

Ele ressaltou que os níveis de investimento em vários países da OCDE estão abaixo das médias históricas. “É fundamental reconstruir a confiança”, disse.

Padoan fez a análise durante apresentação do documento mais recente da OCDE denominado Avaliação Econômica. De acordo com o relatório, o G7, exceto o Japão, terá uma taxa anual de crescimento de menos de 1% no segundo semestre de 2011.

A conclusão do documento se baseou na política fiscal dos Estados Unidos, na crise da dívida de alguns países europeus – principalmente a Itália e a França – e na ausência de propostas dos governos para estimular o crescimento.

Segundo os analistas da OCDE, as indicações são de redução da oferta de mercado de trabalho, demonstrando riscos de aumentar o nível de desemprego de forma generalizada na região do G7.

Para a OCDE, é fundamental que os bancos centrais busquem reduzir as taxas de juros, indicando possibilidades de recuperação da economia.

A OCDE é uma organização internacional que reúne 34 países apontados como de renda elevada. O Brasil não integra a organização, que existe há 63 anos e tem sede em Paris. Inicialmente, o grupo foi criado com o objetivo de reconstruir a Europa depois da 2ª Guerra Mundial. Em 1961, a organização passou por uma reforma.

Os dados apresentados no estudo são reveladores de que a crise do sistema capitalista é profunda. Os governos neoliberais e conservadores, chefiados por partidos de direita, centro-direita e sociais-democratas propõem medidas lesivas aos interesses dos trabalhadores, como arrocho fiscal e salarial, cortes de direitos sociais e restrições às políticas públicas.

Com agências