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SP: governo tucano não cumpre quase metade de suas metas

O governo tucano de SP não conseguirá cumprir quase a metade das metas definidas como prioritárias pelo ex-governador José Serra (PSDB) no Plano Plurianual 2008-2011. Na avaliação de 54 programas destacados por ele no projeto enviado à Assembleia -24 não serão cumpridos, 21 já foram e nove poderão ser. Serra foi o responsável pela execução de três anos do PPA.

Geraldo Alckmin (PSDB), no cargo desde janeiro, já incluiu no PPA 2012-2015 parte das metas que não cumprirá. Duas prioridades que ficaram pelo caminho são abrir 37 mil vagas no sistema penitenciário, com novos presídios, e retirar presos das delegacias e DPs. O governo culpa a resistência de prefeitos.

Outras não serão atingidas porque o estado não conseguiu viabilizar projetos e verba, como fazer 23 piscinões -só quatro estão prontos. Em habitação, SP não irá cumprir ao menos cinco metas, como comprar imóveis para moradia social no mercado e urbanizar terrenos.

Postergado

A mobilidade nas metrópoles também teve vários projetos postergados, como os trens do ABC, Guarulhos e Santos. Serra também queria concluir as linhas 4-amarela e 5-lilás do metrô, o que não ocorreu – a segunda nem na atual gestão, já que a previsão é operar a partir de 2015.

"Serão mais dez estações e 11,4 km de via a serem implantados, com previsão de conclusão também em 2011", disse Serra sobre a linha 5, que, porém, não ganhou nenhuma estação no período.

Sobe e desce

Em algumas áreas, o governo atingiu o que propunha em programas importantes, mas patinou em outros. É o caso da educação, onde implantou o ensino fundamental de nove anos, criou o bônus salarial por desempenho para professores e ampliou o ensino tecnológico.

Fracassaram, no entanto, o programa de dois professores por sala e, muito provavelmente, a redução de 50% das taxas de reprovação _até o final de 2010, o recuo era de cerca de metade do previsto.

Na segurança, manteve a queda dos índices de homicídios e furtos, mas o de assaltos subiu. Também modernizou tecnologicamente a polícia, mas não levou adiante a Virada Social, ação de cidadania em áreas violentas.

Na área de infância e juventude, a grande meta era descentralizar a Fundação Casa, com unidades menores, para até 56 infratores. Chegou a 61 dos 64 prédios previstos, mas a desativação de grandes complexos ficou no papel – na capital há locais com mais de 150 jovens. "Até 2011 todos os grandes complexos deverão ser desativados", escreveu Serra.

Fonte: Folha de S.Paulo