Republicano aumenta vantagem em pesquisa eleitoral nos EUA
O governador do Texas, Rick Perry, aumentou sua vantagem à frente dos pretendentes republicanos à Casa Branca e supera em 12 pontos seu mais próximo rival na corrida presidencial estadunidense.
Publicado 12/09/2011 14:50
De acordo com pesquisa realizada pela emissora de televisão a cabo CNN e da agência ORC International Poll, o governador do sul aparece como o político mais bem avaliado quanto ao conceito de "elegibilidade" na disputa pelo Gabinete Oval em 2012.
Cerca de 30% dos eleitores republicanos e independentes apoia a candidatura de Perry, enquanto seu principal adversário, o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, tem o apoio de 18%.
Ainda na pesquisa de preferência popular aparecem a ex-governadora do Alaska Sarah Palin (15%), o representante Rum Paul (12%), e a congressista Michele Bachmann, com um discreto quatro% de intenção de voto.
Na mesma pesquisa, 36% dos entrevistados consideram o governador texano atualmente como o líder mais carismático dentro do chamado Velho Grande Partido (GOP, na sigla em inglês) e a figura republicana com mais possibilidades de lidar com a economia doméstica.
Segundo o estudo da CNN e do ORC, Perry conta com um "fator de elegibilidade" de 42% em relação a suas probabilidades de vencer o presidente Barack Obama no próximo ano nas eleições gerais.
Direita debate eleição
Na mesma sondagem, Romney marca 26% e a favorita do movimento conservador Tea Party, Sarah Palin, 9%. Esta semana, o movimento direitista marcou um debate cuja intenção e demonstrar força para o cenário político de 2012.
O Tea Party, que já manifestou sua intenção de conseguir que um de seus candidatos seja o próximo chefe da Casa Branca, realizará o evento no mesmo lugar que sediará à Convenção Nacional Republicana em agosto do próximo ano.
A iniciativa é a primeira do tipo, pelo alcance projetado, já que reunirá mais de 100 grupos locais de todos os estados do país e contará com a participação dos oito candidatos republicanos que aspiram substituir Barack Obama na cadeira presidencial.
Os participantes enfrentarão às perguntas de um moderador durante o evento de duas horas, que será transmitido ao vivo esta noite pela CNN.
A interação com o público será centrada no governo democrata – criticado pelo Tea Party ao considerar que "se excede" em seus poderes – e na economia, o calcanhar de Aquiles de Obama.
Os candidatos que participarão no debate são Michele Bachmann, representante por Minnesota, uma das estrelas em ascensão do Tea Party, e o empresário Herman Cain, da Georgia, também seguidor desta corrente.
Além disso, estarão presentes ainda o ex-presidente da Câmara Newt Gingrich, o ex-governador de Utah Jon Huntsman, o deputado do Texas Rum Paul, o governador do Texas Rick Perry, o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney e o ex-senador da Pensilvânia Rick Santorum.
A espectativa é de que Perry e Romney concentrem a atenção durante a noite, porque são, neste momento, os favoritos.
A menos de 15 meses para as eleições, tanto democratas como republicanos tentam conquistar os eleitores da Flórida, curral eleitoral dos direitistas e um estado que contribui com 29 das 270 cédulas eleitorais que um candidato precisa para eleger o presidente.
Nas eleições primárias pelo Partido Republicano, em 15 de setembro de 2010, vários dos candidatos apoiados pelo Tea Party, obtiveram a vitória, sacudindo assim a estrutura tradicional da organização.
Nos votos do ano passado, o movimento entrou no Congresso, ao ganhar cadeiras figuras como Rand Paul (Kentucky) e Marco Rubio (Flórida), duas de suas cabeças visíveis.
Criado em 2009, o Tea Party caracteriza-se por sua ferrenha oposição à agenda do atual presidente. O movimento direitista alega que os Democratas querem eliminar alguns "princípios" e "valores básicos" dos estadunidenses.
Apesar de sua forte inclinação à direita, o movimento ganha adeptos graças ao seu componente emocional, resultante, entre outros fatores, dos medos e incerteza dos americanos diante da crise econômica que vive o país.
Com agências