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Walter Sorrentino: PCdoB de SP honra os comunistas de todo o país

Concluiu-se no fim de semana passado (3 e 4 de setembro) a Conferência do PCdoB-SP. Pujante pela qualidade da intervenção política e força partidária, ela deixa lições na trajetória dos comunistas no maior e mais poderoso Estado da Federação, para todos nós.

Por Walter Sorrentino* 

Este é um momento extraordinário na vida da nação, em termos de desafios e oportunidades, num mundo em acelerada transição. Momento em que a centralidade dos dilemas recai na magna questão nacional pelo desenvolvimento autônomo do país, como pólo articulador das históricas demandas democráticas e sociais.

Daí a centralidade de São Paulo, ou seja, o centro dessa contenda se decide em São Paulo. Alinhar São Paulo com o Brasil em termos de projeto é não apenas uma possibilidade, mas exigência mesmo para abrir caminho ao novo projeto nacional de desenvolvimento. Aqui se trava o combate central contra a dependência do país. Aqui, em todo o século 20, predominaram no governo forças conservadoras, hoje representadas pelos grandes interesses financeiros que visam frear a soberania e o desenvolvimento em função de interesses antinacionais e antipopulares.

O PCdoB de São Paulo demonstrou essa compreensão. Um partido de ideias, com estratégia definida, com projeto de ação política e de massas, com conformação organizativa militante definida foi a questão assumida como o grande desafio do PCdoB no Estado. Apenas dois anos após a reformulação programática, o partido colhe frutos acelerados em seu desenvolvimento, como em todo o país.

Isso andou unido à visão de que isso se persegue pela política. Em São Paulo se abre caminho para superar a polarização política forçada entre PSDB e PT; como se sabe, há vinte anos venceram os setores conservadores. Abre-se uma grande oportunidade em 2014 e ela começa a se delinear já em 2012. O PCdoB de São Paulo protagoniza isso na primeira linha da cena política. Sempre unindo forças, pelo progresso nacional e direitos do povo, a liberdade, cientes de que um projeto de nação não se faz com esquemas mesquinhos e hegemonistas. A candidatura de Netinho de Paula a prefeito da maior cidade do país, uma das maiores do mundo, tem elevado significado para todo o país.

O PCdoB-SP tem quadros da mais elevada expressão nacional, como Aldo Rebelo e Orlando Silva. Aqui está presente a liderança comunista de massa mais forte e expressiva do povo de todo o país, que é Netinho de Paula, hoje liderando pesquisas à prefeitura junto com outros nomes do primeiro escalão da política paulista. Aqui há a força e exemplo de lideranças como Jamil Murad e Leci Brandão, Pedro Bigardi – futuro prefeito de Jundiaí – e as maiores lideranças sindicais que encabeçam a CTB. A juventude e as mulheres são no PCdoB paulista um bastião de força.

A conferência erigiu um elevado processo partidário como suporte a essa retomada de sua presença política. Superou as metas de mobilização em 15% e alcançou, mais uma vez, o maior contingente militante absoluto de todo o país. Não só: aplicou com maestria as diretivas nacionais da política organizativa, promovendo revisão das fileiras que encabeçam os esforços nacionais. É grande o dinamismo dos comunistas paulistas. Na Conferência desfilaram várias gerações de militantes, os que persistem há décadas em seu compromisso, mais os enormes novos contingentes que se filiaram. Um ato político representativo demonstrou o prestígio do partido e o respeito que inspira a aliados. Os comunistas aprenderam com o passado, para um presente protagonista aberto à oportunidade que se abre para o futuro em termos de governo estadual alinhado com a onda progressista nacional.

Os anos vindouros serão promissores. Há quatro, cinco anos atrás, apenas, o partido no Estado colheu significativo revés político, perdendo acentuadamente posições. Nasceu aí a grande definição de, em prazo concentrado, repor o papel central do PCdoB-SP para um partido nacionalmente forte. Isso foi alcançado nas eleições de 2010 e em 2011 ultrapassou todas as expectativas em termos de relançamento das perspectivas. Por isso, congratulamo-nos com toda a militância, sobretudo com o grande número de quadros partidários maduros e coesos que cumpriram a função. São Paulo tem uma direção coletiva de fato, liderado por Nádia Campeão nesses anos, ombro a ombro com todo esse conjunto de quadros. A eles todos, parabéns efusivos pelo que se alcançou. Seu exemplo estimula todo o país; os comunistas em São Paulo honraram, uma vez mais, o PCdoB.

Direção Eleita do Comitê Estadual – PCdoB São Paulo – 04/09/11

01 Alcides Araújo (Amazonas)
02 Aldo Rebelo
03 Alessandra Costa (keka)
04 Alexandre Silva (Cherno)
05 André Bezerra
06 André Gomes
07 Anna Martins Soares
08 Antônio Silvan Oliveira
09 Augusto Chagas
10 Bruno Prado
11 Carlos Eduardo Siqueira Pinheiro
12 Carmem Lúcia Lorente (Carminha)
13 Cláudio Silva
14 Dandara Cecília Oliveira de Moura
15 Davi Ramos
16 Diolinda Alves de Souza
17 Elizeu Soares
18 Fátima Duarte
19 Fernando Henrique Borgonovi
20 Francisca Pereira da Rocha
21 Gilmar Tadeu Ribeiro
22 Gustavo Petta
23 Helifax P. Souza
24 Jamil Murad
25 Jean Lopes
26 João Sipriano (Magrão)
27 José Carlos Pires (Zeca)
28 José de Paula Neto
29 José Walter Tavares
30 Júlia Roland
31 Julião Vieira
32 Laércio Pereira Soares
33 Leci Brandão
34 Maria José da Silva (Lia)
35 Luiz Paulino
36 Luiza Cordeiro da Silva
37 Márcia Quintanilha
38 Marcelo Cardia
39 Marcos Duarte (Markito)
40 Marcos Emílio (Marquinhos)
41 Maria José Jandreice (Majô)
42 Marina Ruiz Cruz
43 Nádia Campeão
44 Niraldo Siqueira
45 Nivaldo Santana
46 Onofre de Jesus Gonçalves
47 Orlando Silva Junior
48 Pedro Bigardi
49 Protógenes Queiroz
50 Renan Cedro
51 Renata Mieli
52 Renê Vicente
53 Rodrigo de Carvalho
54 Rosana Helena Miranda
55 Rovilson Britto Secretário de Juventude
56 Rozina da Conceição de Jesus
57 Sarah Munhoz
58 Sérgio Benassi
59 Simony Mascarenhas
60 Suely Torres
61 Vânius Silva
62 Wagner de Souza Rodrigues
63 Wander Geraldo da Silva

*Walter Sorrentino é Secretário nacional de Organização do PCdoB.