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Zelaya: Oligarquia tem plano para eliminar membros da FNRP

O ex-presidente de Honduras Manuel Zelaya afirmou nesta terça-feira (13) que a oligarquia do país tem "um plano" de assassinar membros do movimento de oposição FNRP (Frente Nacional de Resistência Popular).

Durante a última semana foram mortos o ativista e colaborador de Zelaya, Mahadeo Roopchand Sadloo, conhecido como Emo, e o jornalista Medardo Flores em circunstâncias parecidas, já que ambos foram baleados por estranhos.

Zelaya pediu a investigação "dos alcances do que está acontecendo, porque existe uma elite sanguinária em Honduras que está executando pessoas de diferentes setores da sociedade, especialmente da Resistência, e os jornalistas têm sido vítima disso".

Com o assassinato de Flores, o número de jornalistas assassinados de forma violenta em Honduras desde março de 2010 subiu para 15, sendo que a maioria dos casos continua impune.

Para o ex-presidente, "o plano que está sendo executado é similar ao que a Associação para o Progresso de Honduras (Aproh) colocou em andamento na década de 1980 para promover o desaparecimento e a morte de esquerdistas".

A organização criminosa era integrada por líderes de direita dos setores militar, político, empresarial, sindical e religioso do país. "Existe uma nova Aproh no país, uma nova mão branca [esquadrão da morte] que está promovendo em Honduras um plano que tem o objetivo de eliminar toda a oposição, discussão ou debate sobre os aspectos sociais, políticos e econômicos" que vêm aumentando desde o golpe de Estado de junho de 2009, afirmou.

O ex-presidente ainda anunciou que na próxima quinta-feira, dia de Independência de Honduras, a Frente de Resistência, movimento que coordena, realizará uma mobilização para "protestar de forma enérgica contra a perseguição, o assassinato e o aprisionamento" de seus membros.

Ele também anunciou que está planejando realizar em novembro deste ano uma paralisação cívico-nacional para exigir que sejam investigados e punidos os responsáveis pelos assassinatos e violações aos direitos humanos no país.

Atualmente, a FNRP integra uma Frente Ampla da Resistência Popular (Farp), também encabeçada por Zelaya, que tenta coletar 100 mil assinaturas para se inscrever como um partido político até 3 de outubro, de forma que possa participar das próximas eleições gerais, em 2014.

Fonte: Ansa