Educadores sociais debatem regulamentação da profissão
Audiência Pública na Câmara Municipal de Fortaleza realizada na última sexta-feira, 16, debateu a situação dos educadores sociais na Capital, que lutam por melhores condições de trabalho. A ocasião celebrou o Dia Municipal dos Educadores Sociais, comemorado nesta segunda-feira, dia 19 de setembro, que, como ressaltou a vereadora Eliana Gomes (PCdoB), deve fortalecer a categoria na conquista da sua regulamentação pelo Congresso Nacional.
Publicado 19/09/2011 10:05 | Editado 04/03/2020 16:30
Eliana Gomes, propositora do debate, falou da necessidade de mobilização em âmbito nacional dos educadores na aprovação do PL nº 5346/2009, de autoria do deputado federal Chico Lopes (PCdoB), com a organização de caravanas a Brasília. “É muito importante estarmos unidos pela regulamentação, sociedade, educadores e políticos. Pois essa luta é de todos!”, apontou a parlamentar.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Assistência a Criança e ao Adolescente (SINTBEM), Vera dos Santos, evidenciou o caminho que categoria vem percorrendo na regulamentação da profissão. Ela falou das dificuldades enfrentadas pelos educadores com a falta de condições de trabalho e a ausência de concursos públicos, o último datando de 1981. Segundo ela, é necessário um aparato à saúde do trabalhador, que no exercício da profissão sentisse fragilizado com o risco e a falta de incentivo do Poder Público.
Daniele de Brito, representante da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), falou da importância do momento na garantia dos direitos dos educadores sociais. Ela ressaltou a política de assistência empregada pelo Município, que conta com a ousadia e criatividade dos educadores sociais no amparo a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidades social.
Para Luis Carlos Favaron, presidente da Associação dos Educadores Sociais do Ceará (AESC), a categoria tem o poder de reivindicar melhores condições. “Uma das coisas que caracteriza o educador é o compromisso com a mudança. Nós temos o direito de ter um salário digno, melhores condições trabalho, respeito e dignidade”, colocou.
A representante do deputado Chico Lopes, Sâmia Helena, falou da necessidade de um acompanhamento do projeto na Câmara Federal pela categoria. Segundo a assessora parlamentar, a matéria já foi aprovada pela Comissão de Educação Federal, devendo ainda passar por apreciação de duas outras Comissões. “Devemos desenvolver atividades para mobilizar e colocar a PL que regulamenta a profissão em pauta no Congresso”.
O debate contou também com a participação de representantes da Federação de Bairros e Favelas e do Fórum de Defesa da Criança e do Adolescentes, Tereza Zaranza e Márcia Cristina, respectivamente.
Fonte: Câmara de Fortaleza