Exposição no Mauá apresenta a cerâmica de Coqueiros

Foi aberta, na noite da última quinta-feira (15/9), na Galeria Mestre Abdias, sede do Instituto Mauá no Pelourinho, a Sala do Artista Popular – SAP “A Céu Aberto: a louça de Coqueiros”, reunindo o trabalho artesanal em cerâmica do distrito de Maragogipe, no Recôncavo Baiano. São tachos, panelas, fogareiros, travessas e frigideiras advindos de uma técnica de origem indígena, de queima do barro a céu aberto.

“A SAP nos dá essa oportunidade de trabalhar com as comunidades no resgate e preservação desse saber e fazer tradicional; além de abrir novos canais de comercialização”, pontuou a diretora-geral do Mauá, Emília Almeida.

O projeto é uma parceria do Ministério da Cultura, através do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular e o Iphan, com o Mauá e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural – Ipac. “É uma parceria extraordinária, de um trabalho essencial pro Brasil se conhecer, saber quem são seus mestres, seus artistas, seus artesãos”, afirmou a chefe do setor de Pesquisa do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Maria Elisabeth Costa.

O acervo reúne cerca de 200 peças – todas à venda – da tradicional cerâmica utilitária de Coqueiros, idealizada por artesãs que se dedicam ao ofício, passado de geração em geração, desde pequenas; a exemplo de Dona Cadu. Artesã desde os 10 anos, ela, hoje com 91, não escondia a felicidade em ver seu trabalho reconhecido. “Esse evento representa muita coisa. Eu fico tão feliz que você nem imagina, porque foi a cerâmica que me ajudou a criar meus filhos”. Sentimento partilhado também por Maria Antônia dos Santos, artesã há 25 anos. “Tudo que eu tenho depende do artesanato e é a partir desses eventos que a gente está sendo mais reconhecido no mercado. Então, é muito bom”, ressaltou.

A Sala do Artista Popular fica em cartaz até o dia 14 de outubro. Visitação gratuita de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h30.

Fonte: Ascom/Mauá