Trabalhadores do RJ unificam luta na campanha por aumento real
Os trabalhadores do Rio de Janeiro deram, no dia 21, uma grande demonstração de unidade. Ecetistas, bancários e petroleiros fizeram uma passeata unitária para reivindicar aumento real e melhores condições de trabalho. O ato terminou em frente ao prédio da Petrobrás.
Publicado 21/09/2011 18:58 | Editado 04/03/2020 17:04

As três categorias encontram-se em plena campanha salarial, sendo que os trabalhadores dos Correios já estão em greve desde o dia 14 de setembro. Eles reivindicam a reposição da inflação, mais aumento real de R$ 400,00. Entretanto, até o momento, o governo federal propôs apenas um reajuste de 6,87% e aumento de R$ 50,00 para janeiro de 2012.
A concentração ocorreu na Candelária, onde os trabalhadores das três categorias se reuniram. Em seguida, eles saíram pela Avenida Rio Branco, onde pediram o apoio da população para a conquista de melhores condições de trabalho. A manifestação contou com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro, do Sindica dos Bancários do Rio, e de outras regiões, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), da CTB e da CUT, além da representação de outros sindicatos.
Os bancários do Rio já rejeitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 7,8% de reajuste salarial, que inclui um aumento real de apenas 0,37%. A categoria deve entrar em greve nacional na próxima terça-feira (27).
A defesa da vida foi um dos principais eixos da mobilização dos trabalhadores, que lutam por condições seguras de trabalho e contra a precarização. Segundo a direção dos bancários, 31 funcionários morreram em assaltos às agências nos últimos meses.
Para os petroleiros, a manifestação serviu também para abrir, oficialmente, a campanha salarial, cujas pautas de reivindicações foram apresentadas à Petrobrás e subsidiárias desde o dia primeiro deste mês, bem como às empresas do setor privado. A categoria luta por condições seguras de trabalho e um basta aos acidentes, aumento de efetivos, igualdade de direitos, melhoria dos benefícios, fim das práticas antissindicais, ganho real (7,29% do ICV/Dieese mais 10%), entre outras reivindicações.
Para o presidente da CTB-RJ, Maurício Ramos, “a manifestação unificada foi uma ação muito importante do movimento sindical, que contou também com o apoio das centrais, buscando juntar a importância do aumento real de salário com a questão do desenvolvimento do país e a geração de mais empregos”.