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Anvisa e Fiocruz se unem contra testes de produtos em animais

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) firmou um acordo com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) com o objetivo de reduzir testes pré-clínicos ou de segurança feitos em animais. A proposta é a busca por métodos alternativos de experimentação no Brasil.

Com as novas técnicas os animais não serão usados para determinar a segurança ou eficiência de um produto. Para colocar esta atitude em prática será criado o Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos (Bracvam), o primeiro da América do Sul, que teve o acordo de cooperação assinado semana passada.

A partir de então, os testes envolvendo animais em laboratório só serão realizados em último caso e se não houver outra opção. Quando a substituição não for possível serão tomadas medidas para reduzir a dor e o sofrimento dos animais.

Segundo o médico Marcelo Morales da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), cada metodologia de experimentação alternativa pode levar até dez anos para ser desenvolvida. Isso é feito com base em pesquisas científicas, mas ainda não há estimativa de quando sairão os primeiros resultados das pesquisas.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) é um dos órgãos interessados em apoiar financeiramente o projeto. O CNPq deve destinar em torno de R$ 700 mil ao Bracvam.

Serão avaliados os métodos que tiveram resultado satisfatório no exterior para que, se for o caso, sejam incorporados ao Brasil. Também serão estudadas metodologias próprias levando em consideração as particularidades do país.

Fonte: Redação Ciclo Vivo com informações da Folha e do Terra