Jô Moraes: "Reforma tem de garantir e ampliar a democracia"

“Uma reforma política que garanta e amplie a liberdade partidária, o leque de opções ideológicas e políticas, respeitando a representatividade das minorias, da escolha dos eleitores. Enfim, uma reforma política que gere mais democracia e facilite o controle dos legisladores eleitos”.

Assim a deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) sintetizou a reforma política almejada por ela e o seu partido, e que não é exatamente o que se configura no Congresso Nacional. Isto, porque o fim das coligações nas eleições proporcionais deverá ser realidade já a partir das eleições de 2012, explica. Ela é contrária ao fim das coligações nas proporcionais por entender ser esta uma tentativa de reduzir o número de legendas hoje existentes, representando um duro golpe na vontade do cidadão, do eleitor.

Jô Moraes defende o financiamento público e exclusivo da campanha e o sistema eleitoral de lista preordenada. “Esta é uma forma de fortalecer a figura do partido e simplificar a tarefa do eleitor na distinção das propostas políticas. Outro ponto que considera fundamental neste aspecto é que a lista preordenada “é a única que verdadeiramente possibilita a alternância de gêneros no processo eleitoral”, diz a parlamentar que se destaca na defesa das bandeiras feministas. “A inclusão da mulher na política não deve ser vista apenas como direito, mas sim parte essencial da construção democrática, dever do Estado e da sociedade”, pontuou.

De Belo Horizonte,
Graça Borges