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Comunista comemora rumos da política econômica do país

O discurso feito pela senadora Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM) explicita a apropriação política do debate econômico, especialmente pelos governistas, que assumiram a defesa do Banco Central desde ao reduzir 0,5 ponto percentual na taxa Selic, para 12% ao ano. A fotografia é inédita: uma comunista defendendo o BC no Brasil e cumprimentando o seu presidente, Alexandre Tombini, que esteve nessa terça-feira (27) em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

O que Vanessa anuncia é sua adesão a uma corrente de pensamento econômico – "não só econômico, mas social e político" – que, a seu ver, aponta para a busca de uma estabilidade econômica diferente daquela adotada até então – que consolide uma trajetória de redução das taxas de juros.

Como sempre fez a esquerda, que criticava os altos gastos com o pagamento da dívida, a senadora apontou suas baterias contra os Estados Unidos e Japão, que tem um endividamento muito maior que o Brasil.

E demonstrou a necessidade de mudar a política econômica diante do gasto de R$ 100 bilhões previstos para o pagamento da dívida pública este ano. "O governo tem tido muita coragem de mudar esses paradigmas, de mudar a orientação macroeconômica do Brasil, porque aí, sim,
nós poderemos vislumbrar o crescimento nacional com geração de emprego e, dessa forma, sim, segurar a inflação".

E comemora com todos: "não apenas o povo brasileiro, os trabalhadores, mas também o empresariado nacional, que há muito reclama da necessidade de um movimento que baixe, que diminua, efetivamente, as taxas de juros de nosso País".

Os elogios a Tombini acontecem num momento em que o presidente do Banco Central de Israel, embora esteja com a inflação em seu país acima da meta, reduziu a sua taxa de juros em 0,25 pp para 3%. No início deste mês, o presidente da autoridade monetária israelense esteve com empresários brasileiros e já teria elogiado a atuação do BC brasileiro.

Fonte: Agência Estado