RJ: Trabalhadores da ECT rejeitam desconto dos dias parados

Os trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro aprovaram, no dia 28, a continuidade da greve da categoria. No dia 27, o Sindicato ganhou na justiça uma liminar que suspende o desconto dos dias parados. A decisão foi proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho, 1º Região, 46º Vara do Trabalho do Rio de Janeiro.

A decisão da justiça manda ainda que a ECT faça a devolução imediata dos valores descontados, podendo receber uma multa de R$ 300 mil. Segundo o secretário-geral, Ronaldão, mais uma vez, após esse julgamento, fica claro que a melhor maneira de avançar nesta campanha salarial é o diálogo, a negociação e a transparência, ao contrário do que a ECT vem praticando, usando da truculência e da arbitrariedade contra os trabalhadores.

Mesmo assim, a direção da ECT insiste no desconto dos dias parados, o que os trabalhadores já rejeitaram. O Comando dos Trabalhadores também informou que as negociações não avançaram.

Na assembleia, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro (Sintect-RJ) distribuiu para todos os presentes a cópia da liminar que a entidade ganhou na justiça impedindo o desconto dos dias parados. Segundo o informe do Comando de Negociação dos Trabalhadores, também conseguiram a liminar os sindicatos da PB; BA; RS; JFA; e CAS, tendo outras em trâmite. “Fica claro que a empresa tem uma política arcaica e conservadora, não respeitando o processo democrático do direito à greve, e que impõe o desconto dos dias como medida punitiva à classe trabalhadora”, diz o informe.

A assembleia também contou com a participação do diretor do Sintect-RJ, Cláudio Roberto, que compõe o Comando de Negociação e que veio especialmente ao Rio para esclarecer o andamento das negociações.

Na reunião realizada no dia 27, a empresa reapresentou a proposta reeditada que já foi rejeitada nas assembleias de todo o país. A ECT oferece 6,87% de reposição e R$ 50,00 para janeiro de 2012. Os trabalhadores dos Correios fizeram uma contraproposta, de reposição da inflação, mais aumento real de R$ 200,00, que já foi negado pela direção da ECT.