UFES – Último debate foi acirrado entre os candidatos

Os candidatos também trocaram críticas sobre suas gestões, a de Reinaldo enquanto vice-reitor e posteriormente reitor pro tempore e a gestão de Pimentel à frente da Fundação Ceciliano Abel de Almeida (FCAA).

Por Lívia Francez no Século Diário

As torcidas organizadas dos candidatos estavam presentes no debate e, munidas de tambores e apitos se manifestavam a cada dos concorrentes. Os assuntos abordados passaram pela criação de uma nova reitoria de Gestão de Pessoas e da ampliação do diálogo dentro da universidade e dela com a sociedade.

Não faltaram trocas de farpas entre os candidatos. Reinaldo Centoducatte questionou Pimentel sobre as supostas irregularidades na gestão da FCAA e ele respondeu que, enquanto gestor à frente da fundação teve contas aprovadas pelo ex-reitor Rubens Rasseli e, neste ano, as contas de 2010 foram aprovadas pelo próprio Centoducatte, que, ao aprová-las não verificou qualquer indício de irregularidade.

A participação partidária nas campanhas também entrou na pauta do debate desta terça-feira. Os dois candidatos afastaram a ideia de uma candidatura apoiada por partidos políticos. O alinhamento político dos candidatos vem sendo discutido desde o início da campanha no primeiro turno, quando se ventilava que Centoducatte estaria alinhado com o PT e Pimentel com o PCdoB, fato que ambos negaram durante o debate.

Também não faltou espaço para a emoção durante o debate. A candidata a vice-reitora na chapa de Centoducatte, professora Aparecida Barreto se emocionou no discurso final e foi amparada pelo candidato.

A disputa já é considerada uma das eleições mais concorridas que a Ufes já vivenciou. A ida dos dois candidatos para o segundo turno definiu a situação e oposição no pleito, já que Reinaldo Centoducatte é a representação da máquina administrativa, já que foi nomeado reitor pro tempore após o afastamento de Rubens Rasseli, que deixou a reitoria para assumir cargo no gabinete da vice-presidente da Câmara dos Deputados, deputada Rose de Freitas (PMDB).

A votação do primeiro turno não foi considerada favorável a Centoducatte, que alcançou 37,05%, já que 62,95% dos votos foram contrários a ele, que representa a continuidade da gestão atual. Os votos que não foram destinados a ele, ficaram pulverizados entre os outros candidatos e a transferência de votos dos outros candidatos para Centoducatte também não deve se concretizar, já que os votos ideológicos recebidos são votos de oposição e não de situação, que é o que o candidato simboliza.

Matéria Original publicada no Século Diário