Sem categoria

Casa Branca inicia ofensiva para atrair voto latino

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, iniciou uma nova ofensiva para atrair o voto de mais latinos para seu partido nas próximas eleições presidenciais do país, de acordo com a mídia local.

Depois de ser fortemente cobrado por manifestantes em sua recente viagem à Califórnia, o presidente explicou na quarta-feira (28) sua posição sobre o tema da migração, um dos principais temas da minoria latina, que mais crescente no país.

Durante uma coletiva de imprensa com rerpesentantes latinos na Casa Branca, o presidente assegurou que a reforma é ainda uma "importante prioridade" para seu Governo, mas é o Congresso quem deve agir e ali, acentuou, "não há o apoio necessário entre os congressistas".

Obama assegurou que é a oposição republicana no Legislativo que se opõe a qualquer projeto de lei que regularize a chegada de estrangeiros e que não pode fazer nada de maneira unilateral.

O chefe da Casa Branca esclareceu que durante seu governo foi reforçada a segurança na fronteira com a presença de Guardas Nacionais e fundos próximos a US$ 600 milhões para aumentar a vigilância.

Em sua recente visita à Califórnia, o presidente foi cobrado para que reunisse "valentia, coração e cérebro para poder criar uma política migratória que mais justa e que reflita os valores deste país".

"Há muita gente descontente com Obama, ele era supostamente o presidente da esperança e prometeu uma reforma que nunca chegou", indicou Verónica Federovsky, da Rede Nacional de Jornaleiros (NDLON).

Como parte de sua tentativa de agradar a comunidade que reúne hoje cerca de 50 milhões de pessoas, Obama declarou que terá o privilégio de ver um candidato latino ganhar uma eleição para a Casa Branca.

Os latinos formam a primeira minoria étnica do país, e seus eleitores devem ter um papel fundamental nas próximas eleições na Califórnia, Virgínia, Nevada, Flórida e Texas, entre outros estados.

As declarações do presidente acontecem no momento em que a oposição republicana intensifica sua aproximação com a minoria. Se cogita o nome do senador Marco Loiro, um ultraconservador da Flórida, sustentado pelo movimento Tea Party, para a chapa que concorrerá à presidência, como vice-presidente.

Nas eleições de 2008, dois terços dos latinos apoiaram Obama mas, atualmente, as pesquisas indicam que muitos não estão dispostos a votar nele.

Segundo estatísticas oficiais, os latinos enfrentam maiores níveis de desemprego e pobreza que a média dos estadunidenses, algo que se deve também ao descumprimento da promessa de reformar as leis de imigração.

Com informações da Prensa Latina