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Interpol apreende 2,4 milhões de remédios falsos em 81 países

As polícias e alfândegas de 81 países apreenderam 2,4 milhões de medicamentos falsos vendidos pela internet no valor de 6,3 milhões de dólares durante uma operação realizada em uma semana, anunciou nesta quinta (29) a Interpol.

Ao menos 55 pessoas foram detidas ou estão sob investigação em uma operação realizada em 81 países coordenada pela Interpol de repressão ao tráfico de remédios falsos pela internet, o que levou à apreensão de mercadoria avaliadas em US$ 6,3 milhões.

A operação, chamada de Pangea IV, ocorreu entre os dias 20 e 27 de setembro e levou ao fechamento de 13,5 mil sites que negociavam produtos farmacêuticos piratas, detalhou a Interpol em comunicado.

Foram apreendidos 8 mil pacotes em 48 países com 2,4 milhões cápsulas e comprimidos de antibióticos, esteróides, tratamentos contra o câncer, depressão, epilepsia, além de suplementos alimentares e remédios para emagrecer.

"Os países-membros da Interpol e seus parceiros mostraram com o êxito da operação Pangea IV que a internet não é um paraíso de anonimato seguro para os criminosos que traficam com remédios ilícitos", ressaltou o secretário-geral da agência policial internacional, Ronald Nobre.

Coordenada pela Interpol a partir de seu quartel-general na cidade francesa de Lyon, Pangea IV teve apoio do grupo de trabalho internacional contra a falsificação de remédios e de policiais, agentes alfandegários e agências reguladoras nacionais, que também recorreram em seu trabalho aos servidores de internet, provedores de serviços de pagamento online e distribuidores.

Seu objetivo era desativar redes delitivas e atividades ligadas à comercialização online de remédios falsificados – como fraudes no uso de cartões de crédito – diante dos riscos à saúde que todo isso acarreta.

Seus três centros de ação foram os servidores de internet, o sistema de pagamento eletrônico e o sistema de distribuição.

Nobre destacou que o principal objetivo da operação era acabar com a atividade dos sites ilegais especializados no negócio farmacêutico e, ainda, identificar os caminhos do dinheiro movimentado por essas quadrilhas, que representam "um risco para a saúde pública".

"Não podemos deter o abastecimento ilícito de remédios sem um esforço internacional consistente, coletivo e constante que envolva todos os setores", advertiu o secretário-geral.

A esse respeito, comentou que a ação só foi possível graças à intervenção de 165 agências e a troca de informações em tempo real através da sede de Interpol em Lyon.

O responsável da agência policial pediu aos cidadãos que prestem mais atenção quando comprarem remédios pela internet.