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Governo boliviano faz acordo com guaranis

Nessa seta-feira (30), foram feitos os primeiros acordos do encontro entre uma comissão do governo boliviano integrada por cinco ministros de Estado e a Assembléia do Povo Guarani (APG).

O pacto, assinado na comunidade de Urundaytí, província oriental de Camiri, estabelece elementos preparatórios para a elaboração de uma agenda sobre as exigências dos indígenas e também sobre a necessidade de superar as divergências originadas pela intervenção policial à marcha indígena que se opõe à construção da estrada Vila Tunari-San Ignacio de Moxos.

Os guaranis propuseram criar uma comissão humanitária para ajudar os afetados no protesto e outra para aprofundar a investigação a respeito da ação policial na passeata. Além disso, comprometeram-se a suspender toda medida de greve de fome e bloqueio de caminhos.

Nessa semana, o presidente boliviano Evo Morales denunciou que por trás da marcha indígena há um plano para fazer fracassar as eleições judiciais de 16 de outubro próximo.

Por sua vez, o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia confirmou que as eleições do órgão Judicial estão garantidas. De acordo com o titular do máximo organismo comicial, Wilfredo Ovando, nessa entidade não se considerou nem a hipotese de suspender ou adiar o sufrágio .

Para o Executivo, para além da rejeição por supostos prejuízos ao meio ambiente, por trás da mobilização escondem-se interesses políticos e vínculos com Organizações Não Governamentais e a embaixada dos Estados Unidos em La Paz.

Por este motivo, o próprio presidente Morales anunciou a suspensão da obra até que se realize uma consulta junto aos povoadores de Cochabamba e Beni. Quanto à marcha, disse que tem sinais políticos e é influenciada por pessoas que não querem que os indígenas melhorem sua situação econômica e social.

Da redação, com Prensa Latina