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Ministro denuncia campanha dos EUA contra governo boliviano

A luta contra o narcotráfico é utilizada hoje pelos Estados Unidos como uma campanha para desprestigiar a administração de Evo Morales, denunciou o governo boliviano.

O ministro do interior, Wilfredo Chávez, explicou ao jornal boliviano Cambio que a estratégia busca vincular o governo progressista, liderado por um indígena, com o narcotráfico e o terrorismo.

De acordo com Chávez, a Bolívia não precisa de bases militares para combater o narcotráfico, e uma prova clara disso são os importantes lucros atingidos sem a ajuda estadunidense.

"Temos dignidade. Sem a ajuda dos Estados Unidos conseguimos melhores resultados que os atingidos na Colômbia e no Peru", afirmou.

Erradicação ultrapassa meta

Segundo estatísticas oficiais, até hoje, o país sul-americano erradicou, em conjunto com os produtores, mais de 10 mil hectares excedentes de cultivos de folhas de coca, frente às cinco mil estabelecidas por normas internacionais.

Diferentemente do governo dos Estados Unidos, organismos mundiais como as Nações Unidas destacam o trabalho da administração do presidente Morales em matéria de luta contra as drogas, disse o ministro.

Chávez declarou também que o Executivo destina 20 milhões de dólares para combater o tráfico de substâncias controladas e erradicar cultivos excedentes de coca.

Ele recordou ainda que o Estado assinou convênios antidrogas com países vizinhos, como Brasil. Nesse marco, são realizadas operações coordenadas, que têm mostrado resultados importantes contra os narcotraficantes.

Caso René Sanabria

Assim, reforçou que o governo está interessado que sejam investigados os crimes cometidos pelo ex-general da Polícia Nacional, René Sanabria — que foi preso no Panamá pela polícia estadunidense depois de cair numa operação do DEA (Departamento Antidrogas dos EUA). Ele ocupava o cargo de chefe do Centro de Inteligência Antidrogas da Bolívia e é acusado de ter facilitado o envio de pelo menos 13 carregamentos em 2010 aos EUA.

Para Chávez este caso é utilizado pela oposição interna para prejudicar a imagem do Governo e do país.

"Buscam manchar a imagem do Governo, diziam que teria muita muitas implicações, mas saiu a sentença [Sanabria foi condenado a 14 anos de prisão] e não há nada disso", declarou.

Com informações da Prensa Latina