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Grécia tem nova greve geral nesta quarta

A Grécia vive nesta quarta-feira uma nova greve geral de 24 horas. Está prevista a paralisação de todos os serviços públicos, os voos e o transporte ferroviário, assim como a atividade econômica nas empresas privadas, o ensino, a saúde e os bancos.

As confederações de trabalhadores e de funcionários públicos, que representam metade da população ativa do país (cinco milhões de pessoas), convocaram a quinta greve conjunta de 24 horas até aqui no ano para protestar contra as medidas de arrocho do governo, que resultam na dilapidação do setor público e no ataque aos direitos dos trabalhadores.

Além disso, convocaram os trabalhadores a saírem às ruas para participar de duas manifestações que confluirão em um grande protesto diante do Parlamento de Atenas.

Os controladores aéreos de todo o país estão em greve e desde 0h nenhum avião aterrissou ou decolou.

Também participam da greve advogados, farmacêuticos e funcionários das Prefeituras, além de outros profissionais.

Os cerca de 1.500 guardas externos das prisões, que transferem os prisioneiros, protestavam durante a manhã nos arredores das penitenciárias pelo corte de seus vencimentos, que alcança 50% em alguns casos, e a falta de pessoal.

Enquanto isso, os médicos dos hospitais públicos só atendem casos de emergência.

O transporte público ficou paralisado por três horas no início da jornada desta quarta-feira, mas começou a funcionar a partir das 9h locais (3h de Brasília) para levar as pessoas às manifestações.

Os funcionários do Ministério de Cultura também aderiram à greve, o que significou o fechamento de todos os monumentos, incluindo museus e a Acrópole de Atenas.

As medidas de austeridade, estipuladas com a Comissão Europeia (CE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE) e exigidas por essas instituições para fornecer a ajuda externa em forma de empréstimos, mantêm o país na recessão, que deve ser de 5,5% este ano, e aumentam o desemprego, calculado em 15,2%.

O projeto de lei sobre a redução de pessoal no setor público e o rebaixamento de salários e pensões tramitará na quinta-feira no Parlamento e será votado no fim de outubro.

Um rombo de 45 bilhões de euros nos compromissos deste ano levou a medidas adicionais de 7,1 bilhões até o fim de 2012, durante a aprovação do orçamento para o próximo ano, que prevê um déficit de 8,5% do PIB em 2011 e de 6,8% em 2012.

Com agências