Lula Morais prega sensatez para fim da greve dos professores

O deputado Lula Morais (PCdoB) disse, na manhã desta terça-feira (04), durante a sessão plenária, que os professores da rede pública estadual ganharam força política com a greve da categoria.

“Com este capital político, eles precisam negociar com o Governo para obter o ganho financeiro. Queremos que impere a sensatez para alcançarmos uma solução para o fim da greve”, afirmou, lembrando que hoje participará de reunião com uma comissão de professores e com o Governo do Estado para mais uma reunião de negociação.

Lula lamentou, ainda, a violência registrada na semana passada, na Assembleia, no conflito entre educadores e a Polícia. “Depois do que aconteceu, a sociedade passou a ter uma opinião a favor da luta dos professores”, comentou. Para ele, os professores têm razão em reivindicar a implantação do piso nacional, “fruto de uma luta de mais de 50 anos”.

Segundo o parlamentar comunista, seu partido teve participação na proposta de elaboração do piso. A Lei Nacional do Piso, conforme ele, também garante que um terço da carga horária dos professores seja dedicada a atividades fora da sala de aula. “Eles têm direito a essas horas para preparação e planejamento dos seus trabalhos”, comentou.

Ainda conforme ele, no Estado do Ceará, os professores tentaram, desde o início das negociações, implantar o piso salarial e a repercuti-lo na carreira do magistério como um todo. “Houve reuniões de quase cinco horas e meia com o Governo, que apresentou uma proposta contrariando o interesse dos professores. Para eles, a proposta não satisfazia esse preceito do ponto de vista do interesse real da categoria. Então, isso motivou a greve”, afirmou.

Na semana que transcorria o movimento de greve, segundo Lula, o governador Cid Gomes recebeu uma comissão do comando de greve e deputados para negociação. “O Governo anunciou a retirada da proposta que havia motivado a greve, zerando o processo e possibilitando que houvesse uma negociação para construção de uma nova proposta colocada pelos professores, que deveria ser apresentada em 30 dias”, comentou.

Contudo, segundo afirmou, transcorreram mais 53 dias e o Governo se reuniu novamente com o comando de greve. “Foram mais de cinco horas de negociação. Participei dessa reunião e o governador, nela, disse que iria construir uma mesma proposta para todos”, observou, acrescentando que tramitou, em seguida, na Assembleia, a matéria para reajustar o salário dos professores de nível médio, gerando todo o tumulto na última semana.

Em aparte, a deputada Dra Silvana (PMDB) disse que “não votamos contra professores, na semana passada, como muitos podem pensar”. A mensagem enviada pelo Executivo, conforme explicou, “aumenta o salário dos professores de nível médio”. O líder do Governo na Casa, deputado Antonio Carlos (PT) frisou que “a história absorverá o Governo do Estado”. Conforme ele, “é importante esclarecer que o processo que está acontecendo trará avanços significativos para a categoria”.

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Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa