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França aprova relatório cubano contra o bloqueio

As embaixadas de Cuba na França e na UNESCO apresentaram um relatório sobre a resolução 65/6 da Assembleia Geral de Nações Unidas (ONU), onde seu país exige o fim do bloqueio imposto pelos Estados Unidos.

Na presença de diplomatas de todas as regiões do mundo, de representantes de partidos políticos, de empresas francesas, de intelectuais, de jornalistas e de grupos de solidariedade à Ilha, os chefes das missões cubanas explicaram o texto.

Este projeto de resolução, intitulado "Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos", será apresentado na Assembleia da ONU no dia 25 de outubro.

O embaixador cubano na França, Orlando Requeijo, expôs os pontos essenciais do documento, onde se denuncia como o bloqueio estadunidense viola o direito internacional e constitui uma agressão ao direito à paz, ao desenvolvimento e à segurança de um povo soberano.

Prejuízos franceses

Ao exemplificar como a aplicação extraterritorial do bloqueio afeta diretamente a França, Requeijo citou uma multa de 374 mil dólares imposta, no dia 18 de agosto deste ano, à companhia francesa de navegação CMA CGM, por oferecer serviços a Cuba.

Também mencionou a usurpação de marcas como Bacardí contra o legítimo rum cubano Habana Club, comercializado pela gigante francesa Pernod Ricard.

A negativa do Banco Postal em transferir dinheiro para Cuba — de acordo com uma diretora do governo — também foi citada, com o depoimento de cidadão francês, um dos afetados.

Por sua vez, a embaixadora cubana na UNESCO, María de los Anjos Florez, relacionou os diferentes prejuízos provocados pelo bloqueio nas áreas de educação, cultura e esporte, entre outras.

A atividade contou com a participação do fundador do serviço especial da Rádio France Internacional e escritor Ramón Chao, que introduziu o livro "Estado de sítio: as sanções econômicas dos Estados Unidos contra Cuba", do professor Salim Lamrani.

Este último descreveu a trajetória do bloqueio aplicado pouco após o triunfo da revolução cubana, seu impacto, e o caráter extraterritorial intensificado a partir da aprovação das leis Torricelli, em 1992 e Helms-Burton, em 1996.

O encontro contou com a presença de diplomatas do Equador, Bolívia, Venezuela, México, República Dominicana, Guatemala, Peru, Honduras, Vietnã, Malásia, África do Sul, Catar e Namíbia, entre outros.

Fonte: Prensa Latina