Cuba denuncia novo ataque cibernético americano contra si
Uma empresa de Maryland deve enviar a celulares (SMS) cubanos semanalmente cerca de 24 mil mensagens de texto, elaborados por um escritório do governo dos Estados Unidos, em um fato qualificado de ciberguerra pelos meios de comunicação cubanos.
Publicado 03/10/2011 19:27
A empresa Washington Software Inc. deverá entregar antes de 21 de outubro o projeto de um sistema de software destinado a combater tentativas cubanas de proteger da avalanche de mensagens em SMS, denunciou nesta segunda-feira o site www.cubadebate.cu, que cita o site Cuba Money Project.
Entre os termos do contrato acertado em 21 de setembro passado conta-se que a empresa deverá superar as medidas de Havana para bloquear as mensagens politicamente sensíveis, escritos pela norte-americana Junta de Governadores de Radiodifusão (BBG).
A BBG, um órgão federal encarregado de supervisionar a qualidade das comunicações nos Estados Unidos, pediu que a empresa não se preocupe com a ilegalidade do tema, que poderia lhe proporcionar de US$ 84 mil a US$ 464 mil só no primeiro ano de contrato.
"A Agência assume a responsabilidade pelo conteúdo das mensagens. O contratista assume toda a responsabilidade em virtude deste requisito e deve considerar todos os aspectos deste requisito antes de apresentar uma oferta", disse a BBG.
Da mesma forma, redigirá as mensagens de propaganda que a companhia de Maryland deverá difundir integralmente sem direito a retificar, explicou o site cubano para quem a ação viola leis internacionais e da nação caribenha.
O organismo proverá os números de celulares em Cuba, que conta com uma rede de mais de um milhão de usuários, a qual o contratista não poderá depois dar, vender, entregar ou de qualquer outra forma distribuir ou utilizar.
As especificações da concessão incluem que "o software deve possuir técnicas de manipulação e substituição de palavras chave em mensagens individuais para driblar a censura", de acordo com o site Cuba Money Project.
Entre as técnicas a empregar na operação, cujo primeiro ano fechará em 14 de setembro de 2012, conta-se a substituição de carateres em palavras-chave para deixar intacto o significado como mudar a letra "i" pelo número "1" e a letra "o" pelo número "0".
Os Departamentos de Educação, de Trabalho e Saúde, Serviços Humanos e outras agências governamentais são clientes de Washington Software Inc., que inclui multinacionais das telecomunicações como IBM e Lockheed Martin.
Com informações da Prensa Latina