Copa 2014: João Ananias discorda de exigências da Fifa
Exigir a suspensão da meia-entrada para estudantes e do passe de gratuidade aos idosos durante a Copa do Mundo de 2014 é desrespeitar em nome do “lucro” conquistas históricas do povo brasileiro que hoje estão garantidas por lei. O alerta foi feito pelo deputado federal João Ananias (PCdoB-CE) na Tribuna da Câmara, nesta quinta-feira (6), referindo-se às exigências feitas pela Fifa ao governo brasileiro.
Publicado 07/10/2011 08:52 | Editado 04/03/2020 16:30
Outra exigência que também fere as leis do Brasil proposta pela entidade é a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios, prática que foi abolida no País em 2008. O Parlamentar indagou: “Até quando vamos permitir essa inversão dos valores, essa destruição da beleza que a arte do futebol para atender às exigências financeiras desse corpo estranho que é da Fifa”?
Leia o discurso na íntegra:
Exigir a suspensão da meia entrada para estudantes e do passe de gratuidade aos idosos, durante a Copa do Mundo, é desrespeitar em nome do “lucro” conquistas históricas do povo brasileiro que hoje estão garantidas por Lei.
Outra exigência que também fere as leis do Brasil e que a Fifa propõe é a liberação da venda de bebidas alcoólicas (para uma determinada marca de cerveja que garante à Federação um retorno financeiro) nos estádios, prática que foi por nós abolida desde 2008,e representou uma redução acentuada da violência nos Estádios.
Fiquei a me perguntar? O que é a Fifa? O que é uma Copa do Mundo?
A Fifa é um organismo privado que virou um monstrengo e quer impor, por cima da ordem e das Leis das Nações, suas regras que só atendem ao lucro e alimenta atos de corrupção já tantas vezes denunciada em vários países, inclusive, na sua afiliada no Brasil.
Até quando vamos permitir essa inversão dos valores, essa destruição da beleza que é a arte do futebol, para atender as exigências financeiras desse “corpo estranho” que é a Fifa.
Essa engenharia financeira deforma o futebol que deixa de ser arte, para virar espetáculo, tangido pela ganância, destruindo a grandeza de uma salutar disputa esportiva entre as Nações.
Quem tem que dar as cartas, os países com suas regras e leis ou a Fifa subvertendo-as?
Minhas considerações apontam para que reflitamos um pouco sobre todas essas exorbitantes exigências, sejam na estrutura de estádios, hotéis, cidades ou nações, atendendo a outros interesses que não são os do esporte, tirando de cena os verdadeiros atores para colocar os dublês.
Era só Sr Presidente
Peço que meu pronunciamento seja divulgado nos meios de comunicação desta Casa.