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Correios: greve continua até quinta; TST julga na terça (11)

Representantes dos Correios e da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), reuniram-se nesta segunda (10) no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, para uma última tentativa de acordo antes do julgamento do dissídio da categoria, marcada para esta terça-feira (11), às 16h. "Não houve acordo", declarou ao Vermelho Elias Cesário de Brito Junior, o Divisa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Estado de São Paulo.

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O julgamento, que será feito pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do TST, pode decidir pelo fim da paralisação dos servidores. A jurisprudência da Corte considera suspensos os contratos de trabalho durante movimentos grevistas. Ou seja, é grande a chance de haver prejuízos aos servidores.

 "Ele [o ministro do TST Maurício Godinho Delgado] entendeu nossos posicionamentos e apelou para a empresa. Mas, nem assim conseguimos um acordo para evitar o julgamento do dissídio da categoria", completou Divisa.

Logo depois da reunião de Godinho com os trabalhadores, foi a vez de a empresa sentar com o ministro do TST, no início desta noite (10). A conversa terminou desanimadora: “Mesmo com o apelo do juiz, a empresa não mantém diálogo com trabalhadores. Agora, vamos aguardar o julgamento da greve”

O impasse está no desconto dos dias parados, ação da qual os Correios não abrem mão e os trabalhadores não aceitam. A empresa ofereceu descontar seis dias parados dos salários dos grevistas em 12 parcelas mensais a partir de janeiro, mas a proposta foi rejeitada.

A direção dos Correios informou ao ministro que aceita a proposta feita na sexta-feira pelo juiz do TST João Orestes Dalazen, que inclui o pagamento imediato de abono de R$ 800 e aumento real de R$ 60 a ser pago no dia 1º de janeiro de 2012. Os trabalhadores receberiam também reajuste de 6,87% retroativo a 1º de agosto. A proposta inclui o desconto de seis dias de trabalho divididos em 12 parcelas.

O secretário-geral da Fentect, José Rivaldo da Silva, acha que os sindicatos não vão entrar em acordo com a empresa e a decisão deverá ser dada pelo TST.

Divisa confirma: “Independente do que seja decidido amanhã, no julgamento, os trabalhadores se reunirão na quinta (13), em assembleia, nos sindicatos de todo país, para definir novos posicionamentos”.

Da Redação do Vermelho, com agências