Lula Morais destaca protestos contra crise econômica americana
O deputado Lula Morais (PCdoB) destacou, em pronunciamento na manhã da última terça-feira (11/10), na tribuna da Assembleia, os protestos populares contra a crise econômica norte-americana, inspirados no movimento “Ocupar Wall Street”, de Nova Iorque.
Publicado 12/10/2011 22:56 | Editado 04/03/2020 16:30
Segundo ele, os protestos começaram no último dia 17 e ganharam visibilidade depois que a polícia local prendeu 700 manifestantes, “acedendo o pavio da indignação”. Conforme Lula, desde então, o movimento espalhou-se por 68 cidades dos Estados Unidos e fortaleceu a reação popular.
“A crise nos Estados Unidos é fruto da ganância da especulação financeira e do servilismo dos governos ante o grande capital e os banqueiros”, observou. Conforme Lula, ainda é cedo para saber qual a profundidade do movimento e qual o rumo político que ele deve tomar. “Mas fica patente que o sentimento que aflora entre os manifestantes é o do anticapitalismo”, comentou.
De acordo com o comunista, as bandeiras de luta dos manifestantes, que ganharam adesão e apoio de vários sindicatos e entidades do movimento social, conclamam a união popular contra a crise e as ações do governo que protegem os especuladores financeiros e os banqueiros.
No entanto, segundo Lula, o momento que vive a economia dos Estados Unidos, desencadeado após a crise de 2008, é bem diferente do vivido por alguns países emergentes, como Brasil, China, Rússia e África do Sul. “Mesmo assim, precisamos avançar ainda mais para diminuir as desigualdades sociais”, observou.
Ele disse, ainda, que vários fatores ocasionam as disparidades, no Brasil. “Precisamos combater a violência, que é uma doença social. Os jovens são os que mais têm morrido em nosso País”, avaliou, acrescentando que, nos últimos anos, houve uma diminuição da mortalidade infantil e um aumento da expectativa de vida da população. “Porém, a mortalidade entre os jovens aumentou”, pontuou.
Conforme ele, há várias causas para explicar o problema. “Uma delas é o uso de drogas, de álcool, ou mesmo a falta de perspectiva e de oportunidade. Isso faz com que muito sejam cooptados a praticar a violência”, afirmou.
O deputado elogiou a criação de uma comissão de negociação entre professores e Governo do Estado. “Juntos, eles irão construir medidas para fortalecer a carreira do magistério”, ressaltou, lembrando que “só quem ganha com isso, são os alunos, que passaram por 63 dias de greve”.
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Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa