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Suposto atentado faz EUA renovarem ameaças contra o Irã

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (13) na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, voltou ao repertório de ameaças que caracteriza a política externa do país contra a República Islâmica do Irã. O pretexto é o suposto plano de ataque contra o embaixador saudita nos Estados Unidos, que teria sido planejado pelo Irã.

Segundo as ameaças proferidas por Obama, o Irã pode sofrer as mais duras sanções possíveis. Obama não afastou a hipótese, como sempre, de intervenção militar contra o país asiático.

Obama deixou transparecer que o Banco Central iraniano é um do alvos das ameaças. Disse também que seu país não descarta nenhuma opção contra o Irã, uma expressão que geralmente alude à possibilidade de uma ação militar.

"Agora, não retiramos nenhuma opção da mesa em termos de como operamos com o Irã, mas o que vocês podem esperar é que continuaremos a aplicar todo tipo de pressão que tenha um impacto direto sobre o governo iraniano, até que ele faça escolhas melhores em termos de como vai interagir com o resto da comunidade internacional", ameaçou o chefe da Casa Branca.

Teerã acusa os Estados Unidos de terem fabricado o suposto ataque somente para prejudicar suas relações com países vizinhos. Os EUA já se aproveitaram de vários pretextos para impor sanções ao Irã, desde que o país se tornou livre do domínio dos Estados Unidos, a partir da Revolução Islâmica de 1979.

Segundo o Irã, os EUA fazem essas acusações para destruir as relações que o país tem com seus vizinhos.

"Não temos problema nenhum com a Arábia Saudita", disse o chanceler Ali Akbar Salehi nesta quinta. "Embora nossa interpretação dos fatos regionais seja diferente … espero que os sauditas estejam cientes do fato de que nossos inimigos não querem que tenhamos convergência e cooperação."

Além de disparar sua metralhadora retórica contra o Irã, o presidente americano aproveitou a deixa para também ameaçar outro país soberano, neste caso a República Popular Democrática da Coreia (RPDC).

"A Coreia do Norte sofrerá mais isolamento e pressão internacional se insistir em fazer mais provocações", vociferou Obama, que estava ladeado pelo presidente sul-coreano Myung-Bak Lee, de visita à Casa Branca.

As provocações, na verdade, foram ações perpetradas pelo governo do sul – um satélite dos EUA na região – contra o norte, em episódios como o misterioso naufrágio de uma corveta sul-coreana durante exercícios militares próximos à costa da RPDC e à troca de tiros com o exército norte-coreano, após disparos contra as águas territóriais do país vizinho.

Com agências