Sem categoria

Bancos melhoram proposta e greve deve terminar na segunda-feira

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) fez nova proposta aos trabalhadores do setor financeiro, de reajuste de 9%, que significa aumento real de 1,5%. O Comando Nacional dos Bancários já sinalizou positivamente. É esperado que seja decretado o fim da greve na segunda-feira. A proposta será votada, em assembleias nos estados, na segunda-feira.

A segunda rodada de negociações entre bancários e a Fenaban foi encerrada por volta das 21h desta sexta-feira (14). Além dos 9% de reajuste, também foi proposto aumento do piso de R$ 1.250 para R$ 1.400 (para escriturário). Já para os caixas, com jornada de seis horas, passa para R$ 1.900.

Com relação à Participação dos Lucros e Resultados (PLR), haverá aumento, segundo a proposta, da regra básica que compõe a PLR – que passará a ser de 90% do salário mais R$ 1.400 –, e também aumento na parcela adicional da PLR – o teto subirá de R$ 2.400 para R$ 2.800.

Além disso, os dias de paralisação não serão descontados nos salários. Os trabalhadores terão que compensar com trabalho extra as horas não trabalhadas, até o dia 15 de dezembro.

"É uma grande vitória não só para os bancários, mas também para outras categorias. Não se trata meramente de uma questão econômica, mas sim de um debate importante para o país. Precisamos fazer parte do crescimento do Brasil também com aumento de salários", afirmou o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Será o oitavo ano em que os bancários terão aumento real. Se aprovado, o aumento vale a partir de setembro. A entidade dos trabalhadores comemora o fato de garantir uma política de recomposição de salários e aumento real, além da valorização do piso.

Dilma

A presidente Dilma Rousseff (PT) disse ontem (13) que o "direito de manifestação, de greve e de fala" faz parte da democracia. "Somos um país democrático e o convívio entre governantes e movimentos sociais tem que ser de absoluta tolerância", afirmou Dilma, referindo-se à greve dos bancários. As declarações foram dadas depois de  anunciar a liberação de R$ 1 bilhão a fundo perdido pelo governo federal para a construção da primeira linha do metrô subterrâneo de Porto Alegre.

Confira as propostas individuais dos bancos no portal da Contrafcut

 

Deborah Moreira, da Redação do Vermelho, com agências